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Região 04/04/2017 11:44
Por: Diego Foppa

Confirmado: Hospital Silvio Scopel fecha as portas

Sem acordo com a prefeitura, casa de saúde encerrou os atendimentos nesta sexta, 31

Conforme já havia sido anunciado, o Hospital Silvio Scopel, de Cerro Branco, fechou definitivamente suas portas no final da tarde de sexta, 31. A situação, conforme os administradores da casa de saúde, ficou insustentável sem o repasse mensal de R$ 60 mil reinvindicados junto à prefeitura municipal. Um dos diretores do Silvio Scopel, Ivancur Seckler, lamentou o fechamento da casa de saúde. “É um dia muito triste para todos nós. Não era o que queríamos, mas sem o repasse da prefeitura não temos como manter o único hospital de Cerro Branco em funcionamento”, disse.

Na manhã de sábado, 1º, os diretores definirão como quitarão as dívidas com os 13 funcionários do hospital que ultrapassam a casa dos R$ 100 mil. “Não temos dinheiro em caixa, mas vamos tentar uma negociação amigável com todos. A ideia inicial é pagar cada um deles com o patrimônio do hospital”, ressaltou Seckler.

Segundo Seckler, a diretoria fez tudo o que estava ao seu alcance para manter o hospital aberto. “Conseguimos todas as negativas nas esferas municipal, estadual e federal. Respeitamos a decisão do prefeito em não firmar o convênio, mas lamentamos, pois era uma das suas promessas de campanha manter o hospital aberto”, acrescentou. No hospital que contava com 31 leitos, havia apenas um paciente internado, que foi removido da casa de saúde.

Na manhã de sexta, 31, a saúde pública de Cerro Branco foi pauta de uma reunião no Ministério Público de Cachoeira do Sul, com a promotora Maristela Schneider. Participaram do encontro o prefeito de Cerro Branco, Jorge Hoffmann, o procurador jurídico do município, representantes da direção do hospital, da 8ª Coordenadora Regional de Saúde (8ª CRS), bem como do Sindicato Médico e do Sindicato dos funcionários da entidade hospitalar. Após o MP esclarecer que não se posicionava a favor ou contra a assinatura de eventual convênio, pois a decisão é de caráter administrativo, desde que se respeitem os ditames da lei, as partes tiveram o direito de se manifestar. Hoffmann destacou a impossibilidade jurídica para firmar o convênio, alegando irregularidades nas prestações de contas de 2014 e 2015, sendo que as de 2016 ainda não foram analisadas pelo Tribunal de Contas.