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25/08/2009 16:56
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E muitos n?o acreditam

* Por Orlando Carlos Freire Kochenborger - Secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente

Nunca as questões ambientais estiveram tanto em pauta. Deixaram de ser apenas uma discussão dos ecologistas radicais para se transformar no centro de debates de líderes de grandes corporações privadas, ministros e chefes de estado. A ordem dos novos tempos torna necessária a criação de soluções e de alternativas que tenham como premissa a integração e o equilíbrio entre o homem e a natureza, conciliando o crescimento econômico e a preservação da natureza.
Juntamos a tudo isso a expressão, exclusão.
A realidade de privação seja social, educacional, digital, enfim, faz parte da vida de milhões de pessoas no mundo todo. Ao entrarmos no século XXI, nos deparamos com mais uma ameaça que, para muitos, já é uma realidade. Um tipo de exclusão que pode ser ainda mais difícil de ser enfrentado: a exclusão hídrica. De acordo com um relatório publicado para um Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, por volta de 2025, mais de 3 bilhões de pessoas poderão viver em países sujeitos à pressão sobre os recursos hídricos, e 14 países vão passar da situação de pressão sobre os recursos hídricos para uma escassez efetiva. Países densamente povoados, como a China e a Índia, integrarão o clube mundial dos ameaçados por falta de água.
De acordo com o material, há um século pelo menos o consumo de água tem crescido a um ritmo muito mais rápido que a população, e esta tendência se mantém. Nos últimos 100 anos, a população quadruplicou, enquanto o consumo de água cresceu sete vezes.
O Brasil é o país mais rico em termos de reservas hídricas, responsáveis por 13,7% da água doce disponível no planeta. Mas a forma com que vem maltratando seus mananciais faz com que tenhamos um momento de reflexão sobre o presente, principalmente sobre a necessidade de cooperação e comprometimento da sociedade para um futuro que assegure esse bem essencial para a vida.
Os problemas de gestão da água estão relacionados diretamente com o uso e a ocupação do solo nas bacias hidrográficas, que neste aspecto é desordenado, especialmente nas regiões mais habitadas.
A participação do cidadão é fator preponderante para direcionar esse tema.