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25/08/2009 16:56
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?Crime seria perder a Gazin?

Interditada pela Fepam – Fundação Estadual de Proteção ao Meio Ambiente – desde o início da semana passada, a construção do complexo industrial da Gazin poderá em breve ser retomada. Conforme a Folha noticiou na sua edição de quarta-feira, 25, o prefeito Lauro Mainardi, o empresário Jair Gazin e o deputado Mendes Ribeiro Filho estiveram na terça-feira, 24, em Porto Alegre, onde foram recebidos pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner, e pela presidente da Fepam, Ana Maria Pellini, para explicar as razões de a Prefeitura ter “atropelado” as etapas e começado os trabalhos antes da liberação da licença de instalação. Lá, Mainardi ratificou o que já havia dito em entrevista a uma rádio local, que “Crime seria perder a Gazin”, referindo-se a um suposto crime ambiental e ponderando que somente tomou esta atitude temendo que a empresa se instalasse em outro local. “Se o crime foi tão grande, então que eu seja preso, mas que deixem a obra continuar”, salientou, referindo-se à morosidade para liberação da licença solicitada há quatro meses enquanto que o desemprego bate à porta de muitos candelarienses.
VISTORIA – Ontem à tarde, a reunião mantida na capital surtiu efeito. O próprio Coordenador Regional da Fepam do Vale do Rio Pardo, José Francisco Antunes, esteve em Candelária, e explicou à reportagem da Folha que são pelo menos 13 mil os processos pendentes de liberação pela Fepam no Estado. Segundo ele, por se tratar da instalação de uma empresa de grande porte, a presidente da Fepam e o secretário do Meio Ambiente determinaram que fosse agilizada a vistoria nas obras da Gazin. O técnico salientou que o laudo que trata sobre a vegetação já está licenciado pelo Defap, não havendo irregularidades quando ao corte da vegetação. No entanto, ponderou que as etapas devem ser seguidas e enquanto a licença de instalação não for expedida as obras continuam paradas.
ADVOGADOS – Também estiveram ontem em Candelária os advogados da Gazin Tomás Serpa e Ricardo Severo, que estão buscando medidas legais para regularizar a documentação da Gazin junto aos órgãos competentes. Severo salientou que muitas questões administrativas podem ser solucionadas e que em breve o problema deverá estar equacionado sem que seja necessário apelar à justiça. O vereador Cristiano Becker também está empenhado para a resolução do problema e esteve durante a semana reunido com o chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, buscando apoio para contornar o impasse. Otimista, Mainardi, acredita que “de hoje para amanhã” estará tudo resolvido.