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25/08/2009 16:56
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Justi?a rejeita as duas a??es para cassar o prefeito

Uma decisão aguardada com grande expectativa nos meios políticos de Candelária foi conhecida ontem. E ela frustrou quem sonhava com uma reviravolta, via justiça, do resultado da última eleição para prefeito. Após parecer contrário do Ministério Público, o juiz eleitoral Gérson Martins da Silva também posicionou-se pela improcedência das duas ações movidas pela Coligação Unidos por Candelária buscando a impugnação do mandato eletivo do prefeito Lauro Mainardi e do vice Ênio Hübner. A reportagem da Folha não teve acesso às sentenças, uma vez que os dois processos correm em segredo de justiça. As partes ainda não foram intimadas das decisões. O prazo para eventuais recursos é de três dias, contados a partir da intimação.
Ouvido sobre o veredito do juiz, o prefeito Lauro Mainardi salientou não saber, ainda, nada oficial a respeito. Mesmo assim, declarou que sempre teve a consciência tranqüila em relação aos fatos denunciados, diante da convicção de não ter agido com má-fé e cometido qualquer irregularidade. Além disso, salientou que sempre confiou na justiça, sem nunca pretender antecipar decisões ou mesmo desafiá-la. Da mesma forma, acrescentou que, ao contrário dos adversários, demonstra igualmente respeito ao resultados das urnas. “Em 2000 perdi a eleição sem apelar para a justiça como se espera de quem respeita os princípios democráticos”, emendou.
O chefe do Executivo candelariense garantiu que as ações nunca diminuíram seu ânimo e a vontade de trabalhar pelo município e justificar a confiança que o povo lhe depositou, juntamente com o seu vice. Neste aspecto, a se confirmar as decisões da justiça, trata-se, na sua opinião, de uma vitória para o município, que não corre o risco de sofrer um retrocesso. “Só não vê quem não quer a evolução que o município está experimentando”, enfatizou. Lauro Mainardi prometeu, por fim, que irá lutar até a última instância para cumprir, mesmo contra a vontade de alguns, o mandato de quatro anos legitimado pelo voto da maioria dos candelarienses.

Decisões terão recursos
A reportagem da Folha também repercutiu as decisões do juiz eleitoral com a parte vencida. O presidente da executiva do PP - um dos integrantes da coligação derrotada no pleito de 2004 -, Cláudio Gehres, demonstrou surpresa com o fato, alegando que ainda não tinha nenhuma informação a respeito, seja oficial ou mesmo extraoficial. Mesmo assim, adiantou que irá contatar o advogado que cuida do caso que, na hipótese de se confirmarem as sentenças desfavoráveis, certamente irá recorrer delas. Conforme acrescentou, a coligação irá tentar reaver a decisão de mérito do juiz em instâncias superiores, assim como já aconteceu em relação à tempestividade das ações.

Entenda o caso
Movidas pela coligação Unidos por Candelária, as ações que buscam a impugnação do mandato do prefeito e do vice são baseadas em supostas irregularidades eleitorais. Uma diz respeito à realização de um comício na Linha Bernardino no dia 16 de setembro de 2004, que teria sido concomitante a uma janta. A outra ação questiona a legalidade de uma propaganda eleitoral publicada em forma de apedido nos jornais Gazeta do Sul e Folha de Candelária na véspera do último pleito.