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25/08/2009 16:56
Por:

A m?quina divina

• Por Jorge André Ellwanger, professor de Educação Física

Em épocas onde os avanços tecnológicos são incontestáveis e se reproduzem em velocidade vertiginosa, onde as comodidades materiais do cotidiano social se multiplicam e transformam a cada dia as perspectivas e os objetivos de todos nós, temos a tendência, a maioria de nós, de esquecermos ou pelo menos de relegarmos a um segundo plano, o mais divino e absoluto de nossos bens: nosso corpo.
Trabalhamos diariamente em busca de bens, prazeres e vantagens, olvidando que o instrumento que nos leva a estes objetivos é único e que, como uma máquina perfeitamente projetada para trabalhar sem erros, precisa também de constantes cuidados e uso sem exageros.
Nosso corpo é nosso templo sagrado, e tanto por seu extraordinário funcionamento como por sua complexidade de analogias e interações é, sem sobra de dúvida, o que mais consubstancia a presença de Deus na Terra. Todos nós, desde que nascemos, somos uma máquina divina prontinha, somos portadores da centelha divina e tudo o que precisamos e devemos fazer é desenvolver esta divindade que existe em todos nós. Tratar e cuidar bem do nosso corpo, nosso fundamental instrumento de trabalho, é primordial nos dias de hoje onde, apesar de nossa inclinação quase obrigatória aos anseios materiais da existência, temos que nos ver e sentir como seres holísticos, onde os aspectos físicos, emocionais, sociais e espirituais da vida não podem mais ser fragmentados, mas sim vividos em conjunto e plenitude. Cuidemos, portanto, e muito bem, de nossa máquina divina, e entenderemos definitivamente que nada se processa fora dela, nem o espírito, nem a alma, nem a mente. Tudo se funde na obra-prima do Criador.
Paro para refletir nestes pensamentos e compartilhá-los com vocês, no momento em que lembro que no dia 1º de setembro é comemorado o Dia do Profissional de Educação Física, um daqueles “mecânicos” que trabalha no dia-a-dia com esta “máquina”, lembrando que é nela que repousa nosso delicado espírito e dormita tranqüila nossa alma.