O teatro ganha olhar candelariense

Candelária começa a respirar novos ares culturais. O Coral Municipal já está afirmado, coexistindo com outras iniciativas artístico-culturais. Uma delas é a criação de um Grupo de Teatro Municipal que, a exemplo do coral, está ligado à Associação Cultural de Candelária Érico Veríssimo (Accev). As bem sucedidas encenações natalinas e durante a romaria ao Botucaraí inspiraram a criação do núcleo de arte cênica. A professora Alveni dos Santos, formada pela Escola de Atores Luzarte, de Santa Maria, com experiência em teatro e televisão, aceitou o desafio de coordenar o grupo. O projeto se viabilizou com o apoio do Sicredi e a parceria da prefeitura, que cede o espaço para os encontros.
As reuniões semanais iniciaram em março, inicialmente na Casa de Cultura Marco Mallmann. Hoje o grupo se reúne todas as quartas-feiras à noite, a partir das 19h, em sala anexa ao ginásio municipal e que no passado era ocupada pelo Grupo Folclórico Os Caraguatás. O espaço foi cedido pela prefeitura para a Accev, que se responsabilizou pela pintura da sala. O histórico de atuação do grupo inclui até aqui performances de estátua viva na última Feira Municipal do Livro e esquetes de teatro no segundo aniversário da Accev, dia 7 de setembro. As atividades desenvolvidas nas reuniões também já incluem ensaios para uma peça a ser apresentada oportunamente.
Alveni explica que a proposta do grupo de teatro é oportunizar à população local vivências com o teatro, seja de rua ou de palco. “Queremos desenvolver na comunidade o gosto pelo teatro”, acrescenta, salientando que essa vontade passa pela formação de um grupo heterogêneo, envolvendo pessoas de diferentes idades e realidades. Atualmente, 14 pessoas participam da experiência sem nenhum custo. Quem quiser reforçar o grupo pode comparecer ao local dos encontros na data e local acima informados.
Como os participantes são leigos, Alveni esclarece que nos encontros são desenvolvidas técnicas e habilidades para representar. Ela refere que todos de alguma forma sonharam com a possibilidade de fazer teatro, porém se julgavam incapazes de materializar essa vontade. Durante o trabalho, prossegue, eles começam a notar a possibilidade de realmente crescer e manifestar ativamente esta arte. “Por isso se diz que o teatro é um exercício permanente de superação”, conclui.