Logo Folha de Candelária
25/08/2009 16:56
Por:

Encontro re?ne fam?lia Kochenborger na cidade

A identidade comum, o nome Kochenborger, motivou o encontro que reuniu cerca de 400 pessoas em Candelária no domingo, 30. A IV Kochenborgerfest teve participantes de várias regiões gaúchas e, inclusive, de outros Estados. Além de oportunizar uma aproximação dos Kochenborger de diferentes procedências, o encontro em Candelária serviu para homenagear um em especial, que deixou como herança uma obra erguida em 1868 e que representa um patrimônio histórico de valor inestimável. Construído por João Kochenborger, o Aqueduto é um marco ao pioneirismo dos imigrantes alemães e seus descendentes.
A abertura do evento se deu no Clube Rio Branco e incluiu uma bênção ecumênica e saudação do prefeito Lauro Mainardi. Além de desejar as boas-vindas aos visitantes, o chefe do Executivo candelariense elogiou a iniciativa do encontro, destacando também a importância da família Kochenborger no desenvolvimento do município. Lembrou que, além de deixar o Aqueduto como legado, João Kochenborger doou à coletividade a área depois transformada em igreja e praça e que fez surgir o povoado que deu origem ao município. Ainda na parte da manhã, os participantes do encontro se deslocaram até a área do Aqueduto. No local, os visitantes se dividiram entre a obra com seus 79 arcos, a casa que abrigou seu construtor e o cemitério onde estão sepultados João Kochenborger e seus descendentes.
Após o almoço no Clube, seguiram-se apresentações artístico-culturais a cargo dos próprios participantes do evento. O coordenador Arno Kochenborger fez ontem uma avaliação muito positiva do encontro. Em nome da comissão organizadora, ele fez questão de dirigir um agradecimento a todas as pessoas que ajudaram na realização, bem como o apoio do Banco do Brasil e do Sicredi e das empresas que doaram brindes.

As impressões dos visitantes
A reportagem da Folha conversou com alguns dos participantes, recolhendo impressões não só sobre o evento, mas também sobre o Aqueduto e Candelária. O morador de Francisco Beltrão, no Paraná, Ênio Braun, de 70 anos, veio acompanhado da esposa Irma, 66, e da filha Leila, 44. Natural de Santa Rosa, explicou que sua avó paterna era Kochenborger e que pesquisa a árvore genealógica da família. Achou muito interessante o Aqueduto e não poupou elogios à cidade, que considerou bonita e organizada. O aposentado Nelson Oscar Kochenborger, de 75 anos, residente em Balneário Camboriú, idealizou o encontro dos Kochenborger, organizando o primeiro em 2002 na cidade gaúcha de Coqueiros do Sul. O segundo aconteceu no ano seguinte em Arabutã (SC) e o terceiro em Montenegro no ano de 2005. Seu Nelson contou que o pai já se interessava em pesquisar a origem da família. Neste sentido, observou que todos os Kochenborger são descendentes de Lorenz Kochenborger, o pai de seu tataravô. Considerou o Aqueduto uma obra extraordinária, que representa um orgulho para os Kochenborger e para Candelária.
O professor de matemática Carlos Daniel Kochenborger, 59 anos, veio de São Paulo participar da Kochenborgerfest, juntamente com a esposa Leila, a irmã Sônia e a amiga Catarina Cardia. Paulista de nascimento e filho de pais gaúchos, ele não conhecia nenhuma pessoa com o mesmo sobrenome até encontrar o candelariense Orlando Kochenborger em um festival de folclore realizado há alguns anos em Praia Grande, no litoral paulista. A partir daí, passou a conhecer a história da família participando de todos os encontros com exceção do primeiro. Sobre o Aqueduto disse ser uma obra extraordinária, principalmente se for considerada a época em que foi construída. De Candelária, elogiou o traçado amplo das ruas, a limpeza e os canteiros bem cuidados. Já a esposa Leila Noznica Kochenborger gostou das casas antigas e do povo muito hospitaleiro. “Adoramos estar aqui”.