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25/08/2009 16:56
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Recurso visa rever n?meros do censo

Os resultados do censo 2007 em Candelária estão sub judice. Pelo menos no que se refere ao contingente populacional apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Segundo o levantamento apresentado, o município conta com uma população de 29.444 pessoas. A contagem anterior indicava, segundo projeções do próprio IBGE, 31.014 moradores em Candelária. Tais números significam uma diminuição populacional de 5,6%, índice que se reflete no cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma das principais receitas da prefeitura.
O vice-prefeito Ênio Hübner explica que assim que foram divulgados os números do censo, foi feita uma ampla divulgação nos meios de comunicação pedindo que se apresentassem as eventuais famílias excluídas do levantamento. Na época, recorda, surgiram apenas casos esporádicos de não inclusão na contagem. Mais recentemente, no entanto, apareceram outras informações sobre relatos de famílias não visitadas. A partir disso, segundo Hübner, é que a prefeitura decidiu ingressar com o recurso, dentro do prazo estabelecido (24 de outubro), solicitando a revisão dos números. A medida foi sugerida pela Famurs.
Mesmo se for confirmada a diminuição de habitantes projetada pelo censo, Ênio Hübner ressalta que tal circunstância não representa necessariamente uma queda no retorno do FPM do município. Para tanto, lembra que dos 484 municípios recenseados no estado, 393 apresentaram redução na população. “Como o bolo a ser dividido não será menor, devendo até crescer, não se sabe ainda os reflexos dessas mudanças na distribuição”, esclareceu. O vice-prefeito ainda observou que a atual administração nunca neglicenciou a receita. “Ao contrário. A maior prova disso é que assumimos com uma receita de R$ 18,5 milhões e projetamos para o próximo ano uma arrecadação próxima dos R$ 30 milhões”, frisou. Hübner ainda lamenta que algumas pessoas estejam torcendo para que o índice do FPM sofra uma redução. “O estranho é que essas mesmas pessoas não se preocupavam com a receita no passado recente e só sabiam fazer despesas”, completou.