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25/08/2009 16:56
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Pecu?ria de corte como alternativa de renda

A falta de políticas para o desenvolvimento da pecuária de corte em Candelária, a necessidade de novas alternativas de produção, o alto volume de importação de carne pelo mercado local, bem como a baixa participação da atividade no PIB do município e seu potencial quanto à área e localização geográfica, foram as bases de justificativa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Inspetoria Veterinária e Zootécnica para a elaboração do projeto “Diversificação da Propriedade Rural com Pecuária de Corte”.
Segundo o técnico agrícola do STR, Daltro Lazzari, as ações, que estão em fase de estruturação, têm por objetivo oferecer alternativa de diversificação com renda, produzir alimentos para abastecer o mercado local e regional, criar mecanismos que facilitem o comércio entre produtor e mercado e fomentar a criação de leis de incentivo e apoio à atividade. Além disso, também visam conscientizar a sociedade, o comércio e o consumidor quanto à potencialidade produtiva de Candelária e preservar o meio ambiente, estabelecendo atividades menos nocivas à natureza.
PÚBLICO ALVO – De acordo com os envolvidos, o projeto é destinado a agricultores familiares que usam mão-de-obra familiar, principalmente aos que tenham filhos com intenções em continuar na propriedade. Se tudo ocorrer como planejado, a intenção é abrir o projeto aos interessados em breve. “Com o engajamento de entidades e parcerias, esperamos que, em pouco tempo, possamos pôr nossas idéias em prática”, elucida Guilherme Figueiredo, técnico agrícola da inspetoria veterinária.
A partir daí, os técnicos irão até as propriedades rurais fazer o levantamento necessário e analisar quais se encaixam nas determinações estabelecidas. Aos que forem selecionados, o projeto promete um acompanhamento minucioso e toda a assistência e atenção técnicas necessárias para a produção.

Oportunidade histórica
A escassez de oferta de boi europeu leva indústria do RS a importar animais de outros estados. Por falta de bovinos, o churrasco gaúcho mudou de gosto: as indústrias locais estão comprando carne do Norte, onde se produz zebuínos (no Rio Grande do Sul são raças européias). Desde abril, o equivalente a 15% do abate foi originado em outras regiões. A expectativa dos frigoríficos é de que a situação perdure até o meio do ano que vem. Alguns analistas, no entanto, acreditam que o problema seja estrutural e, portanto, o estado que já foi auto-suficiente ficará dependente dos outros.