O fascínio do Parque Witeck

Certamente um dos locais mais mágicos e inspiradores de todo o Rio Grande do Sul se encontra em Novo Cabrais. Criado a partir de um sonho de preservação ambiental, o Parque Witeck é um convite à contemplação e bem-estar em meio à natureza. Localizado no quilômetro 350 da BR-153, o local possui 70 hectares e conta com mais de 2,7 mil espécies de plantas de mais de 25 países de todos os cinco continentes, entre árvores, arbustos e forrações, tanto nativas quanto exóticas, o que permite dar uma volta ao redor do globo e viajar por florestas do mundo todo. O passeio no parque pode ser guiado, sozinho (pois as trilhas são auto-guiadas) ou as pessoas podem realizar um simples piquenique em um dos vários ambientes. A estimativa é que os visitantes levem cerca de duas horas para percorrer a trilha de três quilômetros, que dá a volta completa pelos bosques do parque. É importante destacar que, praticamente toda essa trilha possui calçamento, o que possibilita a visitação de pessoas com necessidades especiais. Conforme o diretor do espaço, Henrique Witeck, a maioria das trilhas são por caminhos em curvas. “E isso foi idealizado a partir da filosofia oriental, que diz que em linha reta o mal prevalece, mas em linha curva o mal se perde e o bem prevalece. Essa ideia é contemplativa, numa forma das pessoas começarem a visualizar melhor as coisas, diminuírem o ritmo agitado da vida e começarem a viver mais”, comentou ele, destacando ainda a frase de um visitante sobre o local. “O parque é a tradução de plantar o bem”. 

Alguns espaços ganham destaque entre o público. Os lagos Encantado, Mágico, da Paz e Grande Espelho do Céu são opções certas nas visitas ao Parque Witeck. O Recanto das Palmeiras, o Bosque da Saudade, o Recanto das Coníferas, o Túnel do Tempo, o Bosque Alemão e o Recanto Paleontológico – este último contendo árvores fossilizadas de mais de 225 milhões de anos. De maneira geral, o parque possui diferentes peculiaridades, conforme a estação do ano. Na primavera, a cor predominante no parque é o verde e seus tons. A espécie de árvore Acer, natural da Ásia, contribui para esta coloração. As variações da planta vão do verde musgo aos tons fluorescentes. No outono (estação que mais atrai visitantes), mudam de cor, preparando-se para inverno – ficam amarelas, laranjas e vermelhas. Já no inverno, é possível perceber a beleza de um cenário praticamente sem folhas, que mostra a estrutura esquelética das árvores. 

FUTURO – Apesar dos inúmeros atrativos, Henrique conta que a ideia é “tirar do papel” alguns novos atrativos. Sem citar datas, o administrador revela que existe um planejamento para criar um viveiro de plantas com características outonais para comercialização, bem como um espaço para alimentação e aumento nas vagas de estacionamento. Além disso, está em andamento uma obra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para a realização de um recuo no acesso ao parque, facilitando o acesso e garantindo mais segurança aos visitantes e dando mais visibilidade ao parque.

Espaços para homenagear a vida e eternizar momentos 
Em 61 anos de história, por diversas vezes o Parque Witeck foi o palco escolhido para eternizar momentos. Henrique conta que o local já recebeu 36 casamentos, bem como inúmeros pedidos de casamento/noivado/namoro e centenas de vezes foi o cenário escolhido para que os fotógrafos registrassem determinados momentos, como book de 15 anos. Além disso, uma prática que foi interrompida durante a pandemia, deverá ser retomada em breve: das futuras mamães plantarem uma palmeira ou árvore no Bosque da Vida em homenagem à nova vida. O cenário é um dos mais escolhidos para books fotográficos das gestantes. 

Fotos: Henrique Witeck e Diego Foppa