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Geral 19/02/2021 12:12
Por: Diego Foppa

Pitaya é aposta para inovar e diversificar

Na localidade de Travessão Schoenfeldt, interior de Candelária, agricultores cultivam cerca de 600 pés da fruta e já pensam em aumentar a plantação

  • Atualmente, prudutores cultivam cerca de 600 pés da fruta, mas já pensam em aumentar a plantação para as próximas safras
  • Rediske, juntamente com o genro Gilson Machado
  • Hilário Clécio Rediske e Ronaldo Fogaça: aposta que deu certo

Oriunda de florestas tropicais do México e Américas Central e do Sul, mas também cultivada em países como Israel, Vietnã, China e, há alguns anos, no Brasil, a pitaya se tornou a fruta do momento. Aos poucos, a cultura começa a crescer na região, e alguns produtores investem para experimentação em pequenas propriedades, e outros para a produção comercial. É o caso do agricultor Hilário Clécio Rediske, que desde 2018 cultiva a fruta na localidade de Travessão Schoenfeldt, interior de Candelária, juntamente com o genro Gilson Machado e o amigo e sócio Ronaldo Fogaça, que trouxe a ideia. “Nem conhecia a fruta. Aceitei pensando em diversificar a atividade com a cultura do fumo”, relembra Rediske. Desde então, eles vêm aumentando a área cultivada, que atualmente conta aproximadamente 600 pés, sendo a maioria da variedade de polpa vermelha e branca, que são as mais tradicionais. “Foi uma experiência que deu certo. A produção vem crescendo a cada ano”, destaca. Segundo os produtores, a colheita teve início em dezembro e se estende até maio, com o auge entre os meses de janeiro a abril. Em média, é possível colher 20 frutas por pé. Porém, a produção pode aumentar, caso o pé da fruta seja mais antigo.

Rediske salienta que a pitaya exige cuidados, sendo necessário adotar algumas práticas de condução e produção. Ele comenta que a flor se abre no entardecer e se fecha na manhã do dia seguinte. Com isso, para ela não abortar e perder o processo, é necessário fazer a polinização manual, mesmo que seja durante a noite. Ainda segundo ele, toda a produção é orgânica e utiliza somente esterco curtido (pode ser de frango, suíno ou gado). As podas constantes, também permitem boa oxigenação das raízes.

CUSTO-BENEFÍCIO – De acordo com Rediske, a plantação compensa devido ao baixo custo de produção e boa aceitação. “Não é preciso gastar com agrotóxicos e a planta se adapta bem na região. Se comparar com a cultura do tabaco, por exemplo, o serviço é bem menor e menos desgastante”, completa Rediske.

BENEFÍCIOS - Um dos benefícios da pitaya é ajudar a emagrecer, por ser uma fruta pobre em calorias e rica em fibras, mas ela também tem outros benefícios, especialmente relacionados ao seu poder antioxidante. A fruta ainda protege as células, ajuda na digestão, na pressão e combate a anemia porque é rica em vitaminas e minerais. A pitaya tem ainda uma substância chamada de tiramina, que ativa um hormônio no organismo chamado glucagon, estimulando o próprio corpo a utilizar as reservas de açúcar e gordura e transformá-las em energia. Para comer deve-se cortar a fruta ao meio, e comer somente a sua polpa. A polpa também pode ser usada em saladas, para preparar suco, geleias, sorvetes ou doces.

 

Espaçamento: Nos dois pomares, eles obedeceram o espaço de três metros por dois entre cada pé plantado, tendo em vista o crescimento máximo da planta normalmente chega a 1,5 metro de diâmetro. 
Vendas: Atualmente, os produtores realizam as vendas somente por encomenda, através do telefone (51) 9 9191-8988. O preço do quilo da fruta varia entre R$ 10 e R$ 15. Já a muda da pitaya custa R$ 10.