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25/08/2009 16:56
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Testemunha contesta vers?o de Jacobi

Tão logo leu a notícia sobre a briga entre o pintor Cláudio Francisco Tavares, conhecido por “Noco”, e o vereador Rogério da Silveira Jacobi, veiculada na edição 1.365 da Folha, a moradora da avenida Pereira Rego Veroli Schott compareceu espontaneamento na redação do jornal para manifestar sua indignação quanto ao teor do depoimento deste último. Segundo ela, que mora bem em frente ao local da discussão e que foi testemunha ocular do episódio, o vereador teria distorcido completamente os fatos ao tentar imputar a culpa pelo disparo ao pintor. A testemunha considerou desrespeitosa a versão de Jacobi, segundo a qual, se não foi o pintor, alguém da vizinhança poderia ter disparado uma bombinha. “Não interessa se ele é vereador, pois se fosse qualquer outra pessoa eu também me manifestaria para corrigir esta injustiça”, disse, referendando que o depoimento de Noco à polícia é que está certo.
Veroli narrou os fatos da seguinte forma: “O vereador Rogério conversava com o Djalmo e mais uma pessoa em frente ao prédio do Ipe, quando o ‘Noco’ se aproximou. Nisto, Jacobi perguntou o que ele queria. ‘Noco’ referiu-se a um serviço de pintura e disse que para pagar ele não era bom. Em seguida, Jacobi deu um chute no ‘Noco’. Os dois acabaram se engalfinhando e o Rogério caiu. Neste momento, o Djalmo e outra pessoa, que depois fui saber que era o vereador André Rohde, apartaram a briga, e Djalmo gritou com ‘Noco’ dizendo pra ele ‘te acalma e vai embora’. Quando ‘Noco’ já estava saindo, Jacobi entrou no carro e pegou uma arma de tamanho pequeno e saiu correndo atrás. Próximo à residência do Armindo Butzke ele disparou um tiro e voltou pela avenida. Depois, entrou no carro, foi até a casa do Butzke, onde fez o retorno e subiu pela avenida.”
Segundo a testemunha, o horário coincidia com término das aulas nas escolas estaduais, e mais gente teria presenciado o episódio, inclusive correndo o risco de alguém ser atingido. “Até então nos sentíamos seguros em sentar em frente às nossas residências para conversar, mas, ao que parece, também estamos sujeitos à balas perdidas, como acontece no Rio de Janeiro”, comparou. Outra testemunha que preferiu não se identificar, disse que uma menina que voltava do colégio chegou a telefonar para sua mãe buscá-la, uma vez que estava com medo de passar pelo local.
DEPOIMENTOS – Já o contabilista Djalmo Alves Júnior contou na Delegacia de Polícia que não viu se Jacobi entrou no carro para pegar alguma arma. Após apartar a briga, ele disse que teria se dirigido para dentro de seu escritório com a finalidade de desligar um disjuntor e que não acompanhou o desenrolar dos fatos. Até a tarde de ontem o vereador André Rohde ainda não tinha prestado depoimento na Delegacia de Polícia sobre o episódio. A reportagem tentou entrar em contato com ele com o propósito de ouvir sua versão, mas seu telefone celular estava fora da área de serviço.