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25/08/2009 16:56
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Prdio abandonado do Estado gera riscos na Pereira Rego

Se a anunciada retomada das obras no edifício Diplomata repercutiu positivamente na comunidade, um imóvel na mesma quadra chama a atenção pela precariedade, situação que, inclusive, desperta temores justificados de pessoas próximas. Trata-se do prédio situado na avenida Pereira Rego, número 1.419, ao lado da Floricultura Nina. O abandono prolongado causou danos irreversíveis à área edificada de aproximadamente 300 m2. Partes do telhado e da estrutura de alvenaria já caíram e o que ainda permanece em pé dá mostras de que pode também desabar a qualquer momento.
A realidade do imóvel situado em zona central e, por isso, muito valorizada da cidade, também preocupa a municipalidade. Por tratar-se de patrimônio do Estado, a administração municipal não se sente autorizada a intervir. O vice-prefeito Ênio Hübner explica que a prefeitura espera resposta de pedido de doação do bem encaminhado em fevereiro de 2005. A solicitação está tramitando junto ao departamento de patrimônio do Estado, para onde a municipalidade já encaminhou uma avaliação do imóvel. Hübner comenta que no final da administração passada (19/10/2004) foi assinado um termo através do qual o Estado cedeu ao município o direito de uso do imóvel para a criação de um centro especializado de atenção integral à saúde da mulher e da criança.
Tal cedência, no entanto, restou prejudicada diante da total inaptidão do prédio para a finalidade prevista. “Não servia para esta ou qualquer outra que fosse estabelecida”, enfatizou o vice-prefeito, levando em conta a visível deterioração do imóvel. “E como não é nosso, estamos legalmente impedidos de fazer qualquer investimento no local”, acrescentou. Hübner lembra que a cedência foi assinada no apagar das luzes do governo passado, ação que considerou como totalmente contrária aos interesses do município. Conforme explica, pelo termo assinado o município assumiu a responsabilidade pelo pagamento de seguro contra incêndio ou fatos similares. “Mesmo que fosse possível recuperar o prédio, o governo anterior não deixou dinheiro em caixa para isso”, completou.

Matagal em pleno centro
Residências e estabelecimentos comerciais próximos estão sofrendo as conseqüências pelo abandono do imóvel pertencente ao Estado. Segundo relatos há a proliferação de animais no local em conseqüência do matagal. “Tem rato, barata, aranha, raposa e gambá”, conta a comerciante Rita de Freitas, que reclama também da ocupação humanaa. “Já colocaram até fogo no prédio”, denuncia, destacando a necessidade urgente de providências das autoridades competentes. A técnica em contabilidade Daniela Becker Anton confirma que o imóvel já serviu de moradia para pessoas, inclusive menores de idade. Ela chama a atenção para os riscos de desabamento. “É o maior perigo para quem passa pelo local”, avisa.“Tudo isso ocorre em pleno centro da cidade”, refere Ênio Hübner, reiterando a necessidade urgente do Estado em atender o pleito do município ou dar uma outra solução para o caso.