Governadora anuncia boas novidades para a orizicultura

De 28 de fevereiro a 02 de março acontece a 18ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz na Estação Experimental do Arroz (EEA/IRGA), em Cachoeirinha (RS). O maior encontro arrozeiro da América Latina reuniu produtores de todas as partes do Estado, inclusive de Candelária e região. Em duas excursões organizadas pelo escritório do Irga local, 60 produtores de Candelária e Cerro Branco deslocaram-se para a região metropolitana na última sexta-feira, 29, e também no sábado, 1º de março.
No domingo, 2, a governadora Yeda Crusius abriu oficialmente a colheita do arroz no Brasil na Estação Experimental do Irga. A safra deste ano já começou a ser colhida e a expectativa é de que seja uma das melhores da história, cerca de 7 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, Yeda anunciou que o silo da Cesa em Rio Grande será restaurado e destinado às exportações.
O silo da Cesa em Rio Grande tem capacidade para 60 mil toneladas de arroz e irá ajudar no escoamento da safra gaúcha, que representa 60% da nacional. A meta do setor arrozeiro é exportar 10% da produção nos próximos anos. As saídas do produto cresceram e voltaram a ter destaque. Através de esforços conjuntos entre produtores, cadeia produtiva e o governo gaúcho, foram exportadas quase 1 milhão de toneladas nos últimos três anos. “O silo possibilitará o aumento da produtividade sem comprometer o preço do arroz no mercado interno, já que teremos uma forma concreta de escoar o produto”, disse.
A governadora anunciou, também, a regulamentação da lei 12.427, de autoria do deputado Jerônimo Goergen, que obriga a pesagem e exames fitossanitários de produtos agrícolas que ingressem do exterior. Conforme o presidente do Irga, Maurício Fischer, a reivindicação do setor permitirá igualdade do Rio Grande do Sul com os países do Mercosul. “Os produtores uruguaios e argentinos utilizam insumos na lavoura que são proibidos no Brasil, o que dificultava a concorrência”, falou Fischer.
Yeda afirmou que o governo irá virar o cenário de déficit público para poder investir mais na agricultura. A governadora destacou que o patrimônio do Banrisul dobrou e que o banco tem capacidade de emprestar dinheiro aos produtores. “Esse dinheiro retornará e o Banrisul poderá aumentar o investimento no setor primário”, ressaltou. Na Estação, a governadora conheceu a história da lavoura de arroz, contada através de máquinas e equipamentos antigos, e percorreu a vitrine tecnológica.