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25/08/2009 16:56
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Marli Hoffman agraciada com o trofu Ana Terra

Aconteceu na quarta-feira, 5 de março, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, a entrega a 25 mulheres representantes de todas as regiões do estado o Troféu Ana Terra, dentro das comemorações do Dia Internacional da Mulher. Criado pela Coordenadoria Estadual da Mulher, junto com os Coredes (Conselhos Regionais de Desenvolvimento) e Comudes (Conselhos Municipais de Desenvolvimento), o troféu Ana Terra premia mulheres que se destacaram, na administração pública ou privada, em programas sociais e na promoção da cidadania na área social, no seu município ou região. Entre as agraciadas que receberam a distinção da governadora Yeda Crusius, esteve a primeira-dama do município de Cerro Branco, Marli Schuller Hoffmann.
A homenageada foi acompanhada do esposo Jorge Hoffmann, do filhos Francisco e Fernando, da nora Marinês, do irmão Rogério Schüller e da mãe Maria, do presidente da Câmara de Vereadores Emir Emílio Lange e do secretário de Agricultura, Arcênio Skolaude e esposa Télis.
Ao agradecer a honraria, Marli dedicou o prêmio a toda a comunidade cerro-branquense, sua família e, em especial, ao saudoso amigo e companheiro de muitas lutas José Ivo Dias da Silva, falecido recentemente e que batalhou junto ao Corede Jacuí Centro para que seu nome constasse na lista das 25 agraciadas. “Esse trabalho que realizo é gratificante, mas nada realizamos sozinhos; precisamos uns dos outros para ajudar a quem mais precisa”, ponderou. “O troféu Ana Terra assinala o trabalho de doação, de amor ao próximo desempenhado por Marli. Ela representa a força, a coragem da mulher e seu papel extraordinário diante da sociedade é visível, e por isso merecidamente reconhecido neste ato do Governo do Estado, através da Coordenadoria Estadual da Mulher, Coredes e Comudes”, disse orgulhoso o marido Jorge.

A história de Ana Terra
Personagem da obra do escritor gaúcho Erico Verissimo, Ana Terra é a matriarca da família Terra Cambará. A família de Ana Terra, formada por Maneco Terra, Dona Henriqueta e seus filhos Antônio, Horácio e a própria Ana, vivia em uma estância praticamente isolada no interior do Rio Grande do Sul, no século XVIII.
Sua personalidade forte, de garra, obstinação e resistência frente a todas as perdas e violências que sofre, faz dela um símbolo da mulher gaúcha. A vida de Ana Terra foi marcada por uma série de tragédias que começam quando ela encontra um homem ferido, com traços indígenas, ao lado de um riacho, Pedro Missioneiro. Após algum tempo de convivência, Ana se apaixona por Pedro e se entrega a ele. Engravida e tenta esconder o fato da família, porém o segredo acaba sendo revelado. O pai e os irmãos, seguindo a tradição de que “a honra se lava com sangue”, matam Pedro e passam a rejeitar Ana.