Como � falado o alem�o aqui?

Um trabalho pioneiro da Universidade alemã Christian-Albrechts em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul projeta instituir o Atlas Lingüístico-Contatual das Minorias Alemãs da Bacia do Prata. Para tanto, estão sendo coletadas amostras de todas as variedades do alemão nas mais distintas partes do Brasil, Paraguai e Argentina.
Idealizado ainda em 2003, as saídas de campo do projeto iniciaram efetivamente no ano passado com um grupo de oito pessoas. Duas delas, o casal Cristiane Horst e Marcelo Krug, estiveram esta semana em Candelária entrevistando grupos de pessoas divididos por faixa etária e escolaridade. “A intenção é ver onde se fala, como se fala e quem fala o alemão”, explica Cristiane. Durante dois dias no município, na segunda e terça-feira, os pesquisadores ainda fizeram registros fotográficos e coletaram materiais sobre a cidade e sua cultura, sempre com o apoio da professora Andréa Berle.
Para eles, o contato com a língua alemã em solo candelariense foi bastante rico e interessante. “O modo como o idioma é falado aqui é bem diferente de outras partes do Estado”, argumenta Krug, mostrando sua fascinação pelas incontáveis variedades da língua. O casal também ficou impressionado com a receptividade do povo, que entendeu os propósitos do projeto e auxiliaram na pesquisa. Depois da passagem por Candelária, eles seguiram para Porto Alegre, onde devem ministrar um workshop sobre o assunto. No próximo dia 4 de abril eles embarcam novamente para a Alemanha, onde moram há dois anos e lecionam Português na Christian-Albrechts-Universität.