Relat�rio suspende a cria��o de CPI

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito pela Câmara de Vereadores para investigar supostas irregularidades em relação à aplicação de dinheiro proveniente de taxas esportivas cobradas pela secretaria de Desenvolvimento Econômico e Cultural acabou não se confirmando. Diante da chegada de farto material enviado pela prefeitura, o vereador Marco Antônio Larger, proponente da instalação, recuou da iniciativa e comunicou que o caso requer mais tempo para ser estudado. O anúncio foi feito na sessão ordinária realizada terça-feira, 22, pela manhã, no plenário da Câmara, em que se pronunciaram sobre o assunto somente quatro dos vereadores presentes.
No pequeno expediente, Marco Larger justificou que demandaria bastante tempo até serem verificados todos os comprovantes e, desta forma, analisar se os procedimentos tomados pela secretaria de Desenvolvimento Econômico e Cultural foram meramente inocentes ou se houve má-fé. Na mesma sessão, ele apresentou projeto de lei de sua autoria isentando as equipes do pagamento da taxa de caução. Larger disse que isso iria contrapor os boatos, segundo ele plantados pela oposição, de que estaria atrapalhando a realização das competições, uma vez que as equipes teriam que depositar o dinheiro no caixa da prefeitura.
No grande expediente a vereadora Rosani Moura disse que o colega Larger agiu com bom senso ao decidir esticar o prazo para estudar a documentação antes de propor a instalação de uma CPI. Rosani ponderou que agora existem elementos que podem ser confrontados com a documentação já existente. Ao concluir, negou qualquer motivação política à iniciativa. Já o vereador Leonir de Menezes observou que antes de alardear boatos sobre irregularidades é preciso investigar adequadamente os fatos. Reiterou que não está saindo em defesa do prefeito ou de quem quer que seja. “Depois que se esparrama um saco de penas é difícil conseguir juntar todas elas novamente”, observou.
No espaço destinado às comunicações de líderes, o vereador Cristiano Pinto Becker ponderou que os vereadores Marco e Leonir têm razão. Sobre o primeiro, disse que a decisão de averiguar melhor antes de propor a CPI foi um gesto de grandeza. A Leonir, considerou que realmente é difícil “juntar as penas”, especialmente no que se refere ao nome das pessoas envolvidas.