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25/08/2009 16:56
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So necessrios pelo menos 634 votos para se eleger vereador

Com o prazo para filiações expirado e faltando pouco mais de cinco meses para as eleições municipais de 2008, começam as estratégias dos partidos para formar as nominatas em busca das nove vagas disponibilizadas até então na Câmara de Vereadores. De todos os atuais parlamentares, nenhum deve deixar de concorrer, o que torna ainda mais difícil a tarefa de quem está do lado de fora. Geralmente, as coligações e partidos têm como certos seus “campeões de voto”, os candidatos mais fortes, que competem diretamente por uma cadeira. Em seguida, vem a turma intermediária, composta por pessoas que tem perspectivas médias de votação. Enfim, aqueles que geralmente entram na eleição com pouca chance de vitória, só para fazer número ou para ganhar um cargo na administração, evidentemente se quem apoiar vencer o pleito.
Por outro lado, há de se observar que estes candidatos praticamente sem chances são de grande importância para os candidatos medianos, pois os ajudam a se eleger. Neste sentido, o ideal seria que o partido ou a coligação montasse a nominata alguns “campeões de votos” e uma grande quantidade de candidatos capazes de terem votações razoáveis, pois se esses não figurarem entre os eleitos pelo menos irão colaborar significativamente para a eleição dos companheiros de chapa.
A estratégia, porém, pode ser traiçoeira, pois de nada adianta o candidato fazer 800 votos se seus companheiros de legenda não levarem o partido ao coeficiente mínimo. Enquanto isso, outro candidato em outra coligação ou partido pode assumir a cadeira com 600 e poucos votos tendo uma significativa ajuda da turma intermediária.
COEFICIENTE – O chefe do cartório eleitoral de Candelária, Rodrigo Collar, informou ontem que existem atualmente 23.172 eleitores no município. Deste número, acredita-se que o universo de votos válidos atinja em torno de 21.000. Na eleição de 2004, foram 19.859 votos válidos e o vereador que assumiu a vaga na Câmara com menor número de votos foi Leonir Menezes, que integrava a nominata do PTB, com exatos 600 votos. Menezes obteve 3,02% dos votos válidos e, desta forma, acredita-se que este seja o percentual mínimo de votos para o candidato se eleger vereador neste ano, ou seja: 634. Nas eleições de 2004, os candidatos Alan Wagner e Cristiano Pinto Becker, ambos do PMDB, fizeram, respectivamente, 628 e 633 votos. Com apenas cinco votos a mais, Cristiano garantiu a última cadeira do PMDB na Câmara e Alan ficou de fora. O mesmo caso aconteceu com Rogério Jacobi e Marco Larger, que concorreram pelo PP. Marco não foi eleito com seus 709 votos e Jacobi entrou na última vaga com 762. Um dado interessante é que Hilton Schroeder, que concorreu pelo PDT, fez 738 votos, ou seja, 3,72% dos válidos e mesmo assim não entrou.
Se o leitor observar os números, irá notar que tanto Hilton Schroeder como Marco Larger e Alan Wagner fizeram mais votos do que Leonir e nem por isso foram eleitos. Por isso cabe dizer que todos detalhes devem ser observados ao pé da letra, pois na corrida pela Câmara nem sempre quem faz mais entra.

O coeficiente partidário
O coeficiente partidário é a forma como as cadeiras são distribuídas entre os partidos: somam-se todos os votos obtidos pelo partido ou pela coligação para vereador e divide-se pelo coeficiente eleitoral. A parte inteira do resultado é a quantidade de vereadores que o partido ou coligação elegerá, e que será distribuída pelos candidatos por ordem de quantidade de votos. Feita essa distribuição, em geral sobra uma determinada quantidade de vagas: a chamada sobra de legenda, dividida entre os partidos na proporção das partes decimais obtidas por cada partido ou coligação.