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25/08/2009 16:56
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Em defesa da honra

Já em clima de CPI, a Câmara de Vereadores contratou assessoria jurídica para acompanhar os membros da comissão na investigação que apura supostas irregularidades na aplicação de dinheiro pela secretaria de Desenvolvimento Econômico e Cultural. A casa do povo vai pagar ao advogado R$ 7 mil pelos serviços, o que é perfeitamente questionável, já que tem em seu quadro um assessor jurídico, o advogado Márcio Cunha Gomes, que já acompanhou o processo da CPI da IPM, lembram? É preciso salientar que o secretário Jorge Mallmann se defendeu enviando documentos à Câmara, mostrando para onde foi o dinheiro, utilizado para custear despesas do Natal das Candeias enquanto não chegava a verba da Lei de Incentivo à Cultura. A propósito, alguém se lembra de algum evento em Candelária ser custeado pela Lic? Pois é, nem eu. Depois que a verba da Lic chegou, o dinheiro das inscrições e taxas de arbitragem foi reposto ao caixa da prefeitura. Aliás, a título de esclarecimento, esses recursos importaram em R$ 3.280,00, já devolvidos aos cofres públicos como foi comprovado. Ficou demonstrado que o prejuízo para a municipalidade praticamente inexistiu e, mesmo assim, a Câmara vai gastar R$ 7 mil apenas com honorários advocatícios, sem falar em outras despesas já realizadas e futuras.
A propósito. O termo “caixa 2” geralmente é utilizado quando existe clara intenção de má-fé, ou seja, usar o dinheiro para fim adverso ao proposto. Ao que parece, o dinheiro foi aplicado por uma secretaria municipal para a realização de um evento municipal, ou alguém já tem algo provando o contrário? Nitidamente, o secretário Mallmann está sendo execrado por algumas pessoas no claro intuito de atingir o prefeito Lauro Mainardi. Porém, transformar a honra e a moral de alguém em objeto de consumo midiático, geralmente em tom de achincalhe, é um vilipêndio muito do perigoso. Resta saber como o presidente da Câmara irá justificar à população o investimento de R$ 7 mil em custos advocatícios se ficarem comprovados a ausência de má-fé e de efetivo prejuízo ao município. Não estou querendo sair em defesa de ninguém, mas neste caso a carreta está bem à frente dos bois.