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25/08/2009 16:56
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Conceitos de imparcialidade

Ao longo de sua trajetória que soma mais de 22 anos, a atuação da Folha recebeu eventuais críticas, invariavelmente originárias de representantes da classe política e, coincidência ou não, quase sempre lançadas em períodos próximos a uma eleição municipal. Pois nos últimos dias, mais uma vez em época pré-eleitoral, o jornal tornou-se alvo de queixas de dois vereadores. E, como fez das outras vezes, a Folha vai responder às críticas, invocando o direito ao contraponto e deixando a opinião pública, a partir disso, tirar suas próprias conclusões.
Os vereadores André Rohde e Anselmo Vanderli da Silveira taxaram a Folha de tendenciosa. O posicionamento, segundo alegaram, seria a favor da administração municipal e contra os adversários desta. A respeito, deve-se esclarecer, inicialmente, que um jornal não está impedido legalmente de se posicionar politicamente. Grandes jornais norte-americanos, por exemplo, publicam, com freqüência, editoriais manifestando apoio a determinada candidatura política. Trata-se de uma opção editorial que muda de acordo com a filosofia do jornal.
No caso da Folha de Candelária, o posicionamento único sempre foi o do interesse da comunidade. Um órgão de imprensa, no pensamento dos responsáveis pela Folha, é um importante agente de desenvolvimento. Por conta desta compreensão, o jornal historicamente sempre procurou valorizar mais os aspectos positivos do município em que está inserido. A Folha sempre acreditou na vocação de desenvolvimento de Candelária e se colocou a favor dessa maré, inclusive na idealização e realização de eventos como o Concurso Musa do Sol. É evidente que essa filosofia nunca impediu a veiculação de opiniões, reclamações e reportagens críticas sobre determinado acontecimento ou comportamento, desde que justificadas do ponto de vista da coletividade.
Os citados vereadores colocaram os órgãos de imprensa da cidade em dois pólos distintos. De um lado, a Folha e uma emissora de rádio foram qualificadas como tendenciosos; e, de forma diversa, o outro jornal e a outra rádio foram citados como exemplos de imparcialidade. A respeito, deve-se observar que cada pessoa é livre para fazer seu próprio julgamento a respeito da atuação e do posicionamento de um meio de comunicação. A Folha irá continuar se submetendo à avaliação de seus leitores e respeita eventuais contestações e discordâncias. Os responsáveis pelo jornal lembram apenas que os dois vereadores estão julgando de acordo com os seus interesses. Isso significa que o conceito de imparcialidade depende muito do ponto de vista de quem o emite. Veja-se, por exemplo, o seguinte fato: a Folha nunca foi condenada pela justiça por fazer propaganda fora de época. Curiosamente, isso aconteceu recentemente com um dos órgãos de imprensa taxado como imparcial pelos vereadores. E mais estranho ainda é que a chamada propaganda extemporânea teve como alvo justamente um dos vereadores que criticou a Folha.