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Exemplo de fora e perseverana
Neste domingo, 11 de maio, comemora-se o Dia das Mães. No calendário, uma das datas mais festejadas, já que estas figuras inabaláveis representam a estrutura do lar e o aconchego para seus filhos. Ser mãe é, sem dúvida, a maior dádiva para uma mulher. A maternidade é o milagre da vida e seus significados vão além do que pode ser explicado. A afinidade das mães com sua prole transcende limites e nada é impossível diante deste amor incondicional. Os laços afetivos são como elos de uma corrente inviolável, unindo mães e filhos eternamente em uma relação de proteção, afeto e comprometimento. Não há nada que possa ser maior do que isso, independentemente de qualquer circunstância. Belas histórias como a de Vera M. Larger, mãe da Fernanda e do João Vitor.
Casada há 23 anos com José Roberto Larger, o primeiro filho de Vera veio após uma gravidez de risco e extremamente complicada. O parto também foi difícil, assim como a informação que viria a seguir, ainda mais pela forma errônea como foi repassada aos pais. Fernanda Larger nasceu com Síndrome de Down, anomalia genética que foi definida pelo próprio médico como mongolismo. “É muito complicado receber uma notícia dessas, principalmente pela maneira como o médico se referiu”, recorda Vera. Segundo a mãe, sua primeira reação foi chorar, pranto que durou cerca de três dias inteiros. “Questionava muito por que isso aconteceu justo comigo”, conta. “Mas Deus me iluminou e me deu forças para ir à luta e encarar o problema de frente. Hoje percebo que, se Ele me deu ela, é porque tenho condições psicológicas para criá-la”, completa.
Conforme Vera, no início tudo foi muito sofrido, ainda mais pelo preconceito que infelizmente existe. No entanto, mesmo diante das barreiras, o esforço sempre foi para que Fernanda tivesse uma vida normal e crescesse rodeada de amor. Um dos aspectos fundamentais para isso é a maneira como ela foi acolhida na escola. “Minha filha nunca enfrentou nenhum tipo de rejeição. Todos os colegas sempre foram muito próximos dela, o que é muito importante para seu desenvolvimento e me deixa muito feliz”, comenta. Quem também é extremamente ligado à Fernanda é o mano João Vitor, de seis anos, que é defensor e protetor da irmã, bem como Vera imaginava que seria. O medo inicial de outra gravidez não abalou a mãe. “Sempre pensei que, como não vou ser eterna, a Fernanda precisaria de alguém que olhasse por ela”, argumenta.
Atualmente, Fernanda está com 20 anos e cursa Magistério no Colégio Medianeira. Envolvimento citado por Vera como crucial para a socialização da filha e que acaba, inclusive, auxiliando as futuras professoras a terem uma noção de como é o relacionamento com crianças especiais. Segundo a mãe, a jovem leva uma vida normal, sendo totalmente independente em alguns aspectos e dependente em outros. “É complicado, mas tudo a gente tira de letra”, comenta. Às mães que, como ela, também têm filhos especiais, Vera ressalta os benefícios da inclusão. “Não deixem seus filhos no anonimato por serem diferentes. Eles precisam de uma vida normal para serem felizes”, aconselha.
DIA DAS MÃES – Para Vera, o Dia das Mães é muito importante e renova suas forças, já que precisa ser muito mais mãe para amparar sua família. Ela não esconde sua emoção ao falar dos filhos, que considera tudo em sua vida. “Eles são minha razão de existir. Sem eles, não tenho alicerce”, enfatiza. Por fim, ela diz a todas as mamães que estejam sempre perto de seus filhos e nunca os desamparem. “Quanto mais amor se dá, mais amor se recebe”, conclui. Vera Larger, mãe guerreira, exemplo de força e perseverança neste Dia das Mães!