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25/08/2009 16:56
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PDT confirma apoio pr-candidatura de Lauro

Faltando 25 dias para a data em que são liberadas as convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a prefeito, vice e vereador, o cenário político em Candelária antecipa uma prévia que poderá se confirmar nas eleições de outubro. Na semana passada, o Democratas anunciou o apoio à pré-candidatura do atual prefeito, Lauro Mainardi, e indicou o nome de Marco Treichel como pré-candidato a vice. A tomada de decisão gerou uma ação imediata do Partido dos Trabalhadores, que anunciou na segunda-feira, 11, o apoio ao PMDB, indicando os nomes de Aristides Feistler, Sadi Porto e Roberto Radünz como possíveis candidatos a vice caso Mainardi vá à reeleição. Na terça-feira, 12, após reunião do diretório realizada na residência do ex-vereador Ovídio da Silveira, o PDT, que tradicionalmente toma suas decisões no prazo-limite, também manifestou apoio a Mainardi e lançou previamente o nome do atual secretário de Saúde, Rui Leopoldo Beise, como pré-candidato na majoritária.
O anúncio foi feito pelo secretário-geral do partido, Orlando Carlos Freire Kochenborger, que esteve pessoalmente na redação da Folha para explicar os motivos que levaram o PDT a apoiar a possível candidatura de Lauro. Segundo ele, na reunião foi oportunizado espaço para que demais membros do partido se habilitassem à disputa com Beise. O ex-vereador Paulo Hoffmann e o atual presidente da sigla, Percival Freitas, colocaram seus nomes à disposição, porém, entendendo que a indicação deveria ser por unanimidade, abriram mão de suas intenções em favor de Beise, não sendo necessária uma votação. Entre os fatores que o colegiado levou em conta para o apoio a Beise estiveram o desempenho na pasta que comanda atualmente, além da experiência administrativa e legislativa. “Todos entenderam que a pré-candidatura de Beise vem ao encontro das pretensões do partido”, ponderou Kochenborger.
TRANSFORMAÇÃO – Kochenborger argumenta que Candelária vive uma transformação no que diz respeito à administração pública e que por isso o PDT se credencia para uma outra jornada futura. Dentro dos próximos dias, o partido deverá revelar uma lista de pré-candidatos ao legislativo. Antes, porém, devem ser feitas tratativas para coligação com outros partidos para uma coligação na chapa proporcional.

O PDT em nova fase
A reunião do dia 12 também serviu para uma reflexão sobre a história do partido, que na ótica dos atuais comandantes se divide em três períodos. O primeiro remonta à época do bipartidarismo, quando foram extintos, ao final de 1979, a Arena e o MDB. No lugar da Arena surgiram o PFL e PPB, e de dentro do MDB emergiram o PMDB, o PSDB, o PTB, o PDT e o PT.
Já na época do Plano Real, o PDT era considerado um partido de ponta, tanto que lançou Ivo Carlos Kochenborger como candidato a prefeito. Segundo Orlando, a eleição foi frustrada porque a população, em meio ao multipardidarismo, não assimilou os objetivos a que se propunha o PDT. Isso teria dado início a um segundo período, em que o partido era tido como o fiel da balança entre as principais agremiações políticas de Candelária. O terceiro período é o atual, em que o PDT busca resgatar seus compromissos ideológicos e participar do poder como executor e não mero coadjuvante.
“Temos que fazer valer o que é convencionado, e se fazemos parte de uma coligação temos que honrar o que foi previamente estabelecido. Somente desta forma que obteremos o reconhecimento”, argumenta o dirigente.

Bate-pronto
Folha: O PDT apóia Lauro Mainardi ou o PMDB?
Orlando: Lauro Mainardi. Se o PMDB indicasse outro nome, inevitavelmente motivaria outra reunião do partido.

Folha: É verdade que outras agremiações teriam oferecido todas as secretarias municipais em troca do apoio do PDT?
Orlando: Não houve nada oficializado, o que se ouve por aí são boatos. Ademais, todas as decisões são tomadas pelo colegiado, e não por individualidades dentro do partido.

Folha: Alguém ficou insatisfeito com a decisão em apoiar a pré-candidatura de Mainardi?
Orlando: Nos reunimos periodicamente todos os dias 12 desde dezembro do ano passado para troca de idéias. Inicialmente surgiram opiniões diferenciadas, o que é normal e salutar dentro da agremiação. Acredito que quando chegamos ao consenso, é porque houve amadurecimento.

PSB praticamente certo e PTB ainda indefinido
A possível pré-candidatura de Lauro Mainardi já teve manifestação de apoio do DEM, PT, PDT e, certo está também o apoio do PSB, que tem como principal nome no cenário político regional o deputado Heitor Schuch. Na quarta-feira, por telefone, ele ratificou a informação da presidente do diretório local, Sandra Cândido, de que o partido também irá apoiar Mainardi. Schuch ponderou que é tradição do PSB não mudar de lado e, desta forma, deverá seguir o mesmo caminho traçado em eleições anteriores, a exemplo das coligações mantidas nos municípios de Santa Cruz e Herveiras. Indefinido ainda, só o PTB, liderado por Lurdes Ellwanger, que na quarta-feira à noite realizou outra reunião interna para tratar do assunto. No entanto, segundo informações repassadas por Lurdes ainda ontem, permanece o quadro de indefinição. Se confirmada a adesão do PTB, o frentão terá pelo menos seis partidos apoiando Lauro. O prazo para as convenções inicia dia 10 de junho e encerra dia 30. No dia 5 de julho, um sábado, às 19h, três meses antes das eleições, é o prazo para os partidos políticos e coligações apresentarem no cartório eleitoral o requerimento de registro dos candidatos para a majoritária e para a proporcional.