Agentes aderiram � greve, mas mantiveram servi�os

Com exceção da movimentação externa de presos, atendimento a advogados, psicólogos e assistentes sociais, os agentes penitenciários responsáveis pela segurança no presídio estadual de Candelária mantiveram os demais serviços desde que iniciou a greve da categoria, há 19 dias. Estão mantidos a segurança interna, atendimento médico, alimentação, as visitas e o pátio. Os servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) cobram do governo do estado aposentadoria especial, plano de carreira, pagamento de horas-extras, promoções e o aumento de efetivo. Para tanto, foi marcada para ontem à tarde uma reunião entre os agentes penitenciários e o governo para negociar o fim da greve.
Oficialmente, são quatro as penitenciárias que estão sendo controladas pela Brigada Militar: Bagé, Livramento, Rio Grande e Alegrete. No presídio de Cachoeira do Sul, a BM é responsável pela guarda interna e auxilia os agentes penitenciários. Ontem, agentes das penitenciárias de Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul aderiram totalmente à greve. Depois de um final de semana de muita confusão nos presídios gaúchos – que registrou inclusive a morte de um detento durante uma tentativa de fuga –, a manhã de segunda-feira foi calma.
Os quatro agentes do presídio estadual de Candelária tomam conta de 89 apenados em dependências que suportam 66. Além deles, a segurança é reforçada por um policial militar na guarita externa. Até que se chegue a um consenso, os agentes irão manter os serviços essenciais. “Iremos acatar o que a assembléia decidir”, resumiu o agente Gilmar Rosa de Sena, administrador substituto do presídio de Candelária.