Greve da Susepe afeta rotina do judici�rio

Completa hoje 20 dias a greve dos servidores da Superintendência dos Serviços Penitenciários – Susepe. Em Candelária, a maioria dos serviços essenciais estão sendo mantidos pelos quatro agentes, entre eles, a segurança interna, atendimento médico, alimentação, as visitas e o pátio. Com os salários achatados, os servidores resolveram cancelar parte dos trabalhos como forma de cobrar do governo do estado aposentadoria especial, plano de carreira, pagamento de horas-extras, promoções e o aumento de efetivo. Com isso, e até que as reivindicações da classe sejam atendidas, estão suspensos os trabalhos de movimentação externa de presos, atendimento a advogados, psicólogos e assistentes sociais.
PROCESSOS – Na última terça-feira, quatro audiências de réus presos que estavam marcadas para o Fórum de Candelária tiveram que ser suspensas por falta da escolta. Não vislumbrando outra saída, já que estes tipos de processos necessitam de maior agilidade, o juiz Gérson Martins da Silva e o promotor de justiça Elemar Gräbner foram pessoalmente ao presídio na quarta-feira para interrogar os detentos. Para aquele dia estavam marcadas quatro audiências que foram assistidas pelo advogado Ilimar Mainardi.
Mesmo com a rotina de trabalho alterada, o juiz Gérson Martins da Silva reconheceu a legitimidade da greve dos servidores da Susepe, destacando que há muito tempo o servidor estadual tem sido tirado como bode expiatório para os problemas financeiros enfrentados pelo governo e considerou justas as reivindicações da classe.