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25/08/2009 16:56
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Reunio busca a retomada das obras da RS 410

Paralisadas há mais de dez anos, as obras de asfaltamento na RS-410 e RS-403 retratam uma dura realidade para o desenvolvimento sócio-econômico da região Central do Estado. Com 96 quilômetros de extensão, as duas rodovias que interligam os municípios de Cachoeira do Sul, Rio Pardo e Candelária possuem apenas 16 quilômetros pavimentados – os quais estão em péssimas condições de trafegabilidade. Com a perspectiva de novos investimentos na região, a falta de infra-estrutura rodoviária fica ainda mais latente.
Para tentar alavancar a retomada de obras alfásticas na região, líderes empresariais e representantes políticos se reúnem ao meio-dia na próxima terça-feira, dia 2, na Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Cachoeira do Sul (Cacisc). Em encontro articulado pelo deputado Adolfo Brito (PP), o secretário estadual de Infra-Estrutura e Logística, Daniel Andrade, e o diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer/RS), Vicente Paulo Mattos Pereira, irão discutir a possível conclusão das rodovias.
Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa do RS, o deputado Brito destaca que o momento de expansão de indústrias na região requer investimentos do governo do Estado. Como exemplo, o parlamentar cita a instalação da Granol, com unidades em Cachoeira do Sul e Distrito de Pinheiro, em Candelária; bem como da Cotribá. Além disso, a compra de áreas na região pela Aracruz Celulose. “Onde há investimentos em rodovias, há crescimento econômico e social dos municípios. Por isso propomos um pacto solidário na região, para que os obstáculos sejam superados e resultados positivos sejam concretizados”, assinala o parlamentar, que desde o início do ano vem mantendo contatos políticos para conlusão de rodovias na região.
De acordo com o superintendente de Fiscalização de Obras Contratadas do Daer/RS, Sérgio Leite, os contratos para a construção das rodovias foram firmados ainda em 1994. “Mas pela falta de recursos públicos, as obras iniciaram e em pouco tempo foram interrompidas”. Na RS-403, trecho de 68 quilômetros entre Cachoeira do Sul a Rio Pardo, são mais de 60 quilômetros de chão batido. Já a RS-410, entre Candelária e Bexiga, compreende mais 28 quilômetros sem nenhuma pavimentação asfáltica. De acordo com Leite, há três contratos de obras asfálticas paralisados para concluir as duas rodovias – com as construtoras Brasília Guaíba, Ergo e Empa.
“Estamos trabalhando para que pelo menos alguns trechos sejam priorizados com recursos do governo. A idéia é de que sejam alocados recursos no Orçamento do Estado para o ano que vem”, aponta Brito. Para o presidente da Cacisc, Franco Pudler, além de beneficiar os produtores rurais, as obras são necessárias para o escoamento da produção em direção ao Porto de Rio Grande. Da mesma forma, o vice-presidente regional da Federação do Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecomércio), Antônio Trevisan, destaca que a conclusão das rodovias irá incentivar a geração de empregos, além de incrementar a renda nos municípios da região.