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25/08/2009 16:56
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Laudo do IML atesta que beb morreu por m-formao fetal

A especulação de que o bebê que nasceu em um forno de fumo em uma localidade do interior de Candelária teria sido morto pela mãe ganhou uma versão bem diferente e definitiva no final da última semana. Um atestado do Instituto Médico Legal de Santa Cruz do Sul, onde o bebê foi submetido a necropsia, desmente a versão inicial para infanticídio e atesta que a criança havia nascido com má-formação fetal e que dificilmente sobreviveria.
Preliminarmente, as informações obtidas junto à delegacia de polícia eram de que a menina de 16 anos teria dado à luz em um forno de fumo, pois havia escondido a gravidez dos pais, e que estaria sendo ameaçada pelo pai do bebê. A criança deu entrada já morta no hospital Candelária por volta das 11h do dia 16 de setembro. Parte da placenta encobria o rosto e o cordão umbilical estava enrolado no pescoço do bebê, o que levou uma enfermeira a suspeitar de infanticídio.
Na matéria que a Folha de Candelária repercutiu na sua edição de 19 de setembro, houve ainda uma informação equivocada: a menina escondeu a gravidez por quatro meses e não durante todo o tempo de gestação conforme fora informado. Dos quatro aos nove meses a mãe e o padrasto tinham conhecimento da situação da menor, segundo informou o Conselho Tutelar de Candelária. As conselheiras informaram ainda à reportagem da Folha que a menina não teria sofrido nenhum tipo de ameaça, e que a iniciativa de dar à luz no forno de fumo foi uma atitude desesperada diante da situação.
O médico Marco Aurélio Pereira Penha, que realizou os exames na criança, informou que mesmo se tivesse nascido em um hospital, a criança deveria ser submetida imediatamente a uma cirurgia no coração, e que, mesmo assim, eram poucas chances dela sobreviver.