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25/08/2009 16:56
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Coligaes buscam reverter resultados na justia eleitoral

As coligações derrotadas no pleito do dia 5 de outubro em Cerro Branco e Novo Cabrais estão buscando na justiça a reversão do resultado através de representações eleitorais. Em Cerro Branco, a coligação que apoiou o candidato Tuta Melchior alega problemas de funcionamento de urnas eleitorais e que mesários estariam induzindo eleitores a votar na coligação contrária à dele. Por telefone, integrantes da coligação informaram que teriam gravações que denunciavam uma suposta compra de votos.
Já em Novo Cabrais, o advogado do Partido Progressista, Silomar Garcia, informou ontem que aguarda o parecer do Ministério Público eleitoral sobre uma representação que ingressou no cartório de Cachoeira no dia 2 de outubro. O advogado pede a cassação do registro dos candidatos Sérgio da Rosa, Leodegar Rodrigues e André de Lacerda alegando que eles teriam se utilizado de oferta de valores e favorecimento de empréstimos de dinheiro público oriundos do Governo. “Os representados selecionaram os que poderiam ser beneficiados pelos recursos, e para isto praticaram ilícito eleitoral, ao alijar do Programa aqueles que não foram simpatizantes da candidatura da coligação”, destacou Garcia.
André de Lacerda é representante do MPA - Movimento dos Pequenos Agricultores e foi eleito o vereador mais votado em Novo Cabrais na eleição do último domingo. O advogado denunciou que os três se utilizaram da influência política junto ao Movimento dos Pequenos Agricultores de Novo Cabrais, com sede na RST 287, ao lado da oficina elétrica, junto ao trevo de acesso de Novo Cabrais para angariar votos. Pelo menos duas testemunhas foram arroladas e confirmaram que André de Lacerda e Leodegar Rodrigues usaram politicamente o escritório do MPA em favor das suas candidaturas e que após a formação da coligação, o escritório também passou a ser utilizado em favor do candidato Sérgio Rosa.
Os advogados das coligações de Tuta, candidato em Cerro Branco, e do Partido Progressista de Novo Cabrais pedem que sejam cassados os registros dos representados, a proibição das diplomações dos mesmos e a inelegibilidade dos candidatos adversários.
Ontem à tarde a reportagem da Folha de Candelária tentou ouvir o Promotor Eleitoral de Cachoeira do Sul, José Nilton Costa de Souza, sobre as denúncias das representações, mas sua assistente informou que ele estaria participando de um júri.