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25/08/2009 16:56
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Plantio do fumo encerra com boas perspectivas

Os produtores de fumo do sul do país encerraram o período de plantio do tabaco num período de clima favorável para a cultura e que deixa os agricultores cheios de esperança para uma safra boa. Segundo o diretor técnico da Afubra, Iraldo Backes, a chuva que caiu nos últimos dias foi favorável à cultura.
Ele explica que a precipitação garante uma reserva de água para as plantas para o período mais quente. “As partes mais profundas do solo ficaram bem abastecidas, o que é essencial para o desenvolvimento do fumo durante o verão, quando as chuvas são mais escassas”, disse. Segundo levantamento do Sindicato Rural, de segunda-feira até esta quinta-feira choveu em Candelária 120 milímetros.
Backes destaca que o período é de trato da cultura e que no final do mês alguns produtores de Candelária e Vale do Sol farão a colheita das primeiras folhas de tabaco. Ele salienta ainda que tudo se encaminha para que esta safra seja de excelente qualidade e de produtividade. Neste não houve um aumento de 5% na área plantada, passando de 356 mil hectares na safra 2007/2008 para 376 mil hectares na safra/2008/2009. “O clima favorável e o aumento da área, embora que pequena, garantirá uma melhor produtividade, que ficará em torno de 5%”, acrescentou.
Ele estima que sejam produzidos nesta safra 750 mil toneladas nos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Na última safra a produção foi de 700 mil toneladas.
GRANIZO - A incidência de granizo nesta safra também é menor até agora do que no período anterior. Segundo levantamentos da Afubra, até o dia 11 deste mês, havia apenas 2.900 agricultores atingidos por granizo, contra 5.600 no mesmo período do ano passado. Segundo Backes, na região do Vale do Rio Pardo, não foi registrado nenhum caso de granizo este ano.

Importante

Para Iraldo Backes os produtores terão uma safra boa este ano no que diz respeito à valorização do fumo. Ele explica que nas duas últimas safras, os produtores conseguiram se equilibrar de três períodos ruins. “Neste ano os estoque nas fumageiras estão a zero, a grande maioria dos produtores reduziu sua área para forçar uma melhor valorização do produto. O que foi conseguido nas duas última safras. Para este ano a expectativa é que o tabaco seja valorizado de novo, principalmente pela sua qualidade”, acrescentou Backes.