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25/08/2009 16:56
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Escolas estaduais paralisaram ontem

Os professores estaduais do Rio Grande do Sul fizeram ontem mais uma investida contra o Governo do Estado pelo pagamento do piso nacional da categoria. Em todo o estado escolas estaduais paralisaram atividades. Na capital e em municípios maiores ainda aconteceram manifestações. Em Santa Cruz do Sul, professores da região se encontraram na Câmara de Vereadores para uma plenária. Em Porto Alegre, o dia foi de manifestação, centenas de professores e funcionários realizaram uma marcha e protestaram em frente ao Palácio Piratini.
Em Candelária três escolas paralisaram ontem, deixando cerca de 1.500 alunos sem aula. Na Vila Botucaraí, 30 professores e funcionários da Escola Fábio Nackpar do Santos aderiram à mobilização. As escolas Guia Lopes, a maior da rede estadual em Candelária, e Professor Penedo também paralisaram. Já na Escola Lepage, as aulas foram normais, mas três professores representaram a instituição no encontro em Santa Cruz do Sul. Ainda mantiveram as aulas normais as escolas Cristo Rei, na Vila União, e Professor Dinarte, no Passa Sete.
Segundo o integrante do Cpers de Candelária, Sadi Porto, o movimento da categoria pode passar de mobilização de um dia para uma greve. “Temos um indicativo de greve, mas isso será decidido no próximo dia 14 em encontro em Porto Alegre, onde estarão professores de todo o estado”, adiantou. Porto salienta que os professores têm este período para refletir se querem perder o plano de carreira ou enfrentar a governadora Yeda Crusius. A categoria luta para que o governo no estado cumpra duas questões consideradas essenciais: piso nacional da categoria, fixado pelo presidente Lula em R$ 950,00, e a intenção de modificar o plano de carreira dos professores. “Se a governadora alterar o plano de carreira, a categoria não receberá nenhum reajuste durante os quatro anos que ela governar, esses são direitos nossos que não podem ser modificados. A governadora Yeda tem o intuito apenas de prejudicar a educação pública do estado”, finalizou Sadi.

Piso
O Estado alega que não tem condições de pagar o piso nacional da categoria que é de R$ 950 e tenta, no Supremo Tribunal Federal, a derrubada da lei que considera inconstitucional.