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25/08/2009 16:56
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Retirada do projeto dos assessores teria sido o estopim para a crise

Anselmo da Silveira salientou que está havendo uma notória discriminação por parte dos vereadores do PP pelo fato do presidente da Câmara ser um agriculor. “Eles não queriam este colono na presidência da casa e por este motivo toda a bancada de oposição votou contra”, disse, referindo-se à sua eleição em dezembro, no grande expediente da sessão de segunda-feira. Na quarta-feira à tarde, Vandi esteve na redação da Folha e considerou que fatos como atraso de sessões e vacância de cargos na mesa diretora não constituem novidade na casa e que isto vinha ocorrendo pelo menos durante os dois últimos mandatos. Segundo ele, o verdadeiro pivô da crise foi a retirada da pauta de votações do projeto de lei que criava os cargos de assessores legislativos, conforme a Folha de Candelária já adiantou na edição 1376. Com a retirada do projeto do executivo que iria criar 14 cargos em comissão na prefeitura, Vandi não quis medir o desgaste político e retirou o projeto da pauta do legislativo. “Isto gerou um descontentamento dos vereadores do PP, que agora buscam me atacar de todas as formas, deixando claro que querem me tirar de lá (da presidência)”, ponderou.
Sentindo-se humilhado e desmoralizado, Vandi atacou: “Os veradores do PP não tem credibilidade nenhuma para falar de mim, nunca tive o ‘rabo preso”; meu compromisso é com o povo e não com os vereadores”, disparou. “A comunidade não absorveu a idéia da criação dos cargos e já ouvi muitas críticas neste sentido, por isso não vou me indispor com os eleitores e o projeto está enterrado, pelo menos na minha gestão”, explicou.
Indagado sobre uma possível coligação com o PP para o pleito de 2008, Vandi disse que a posição pessoal dele não deve ser confundida com a do partido. “No momento, as portas da presidência da Câmara estão fechadas para o PP”, concluiu.