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25/08/2009 16:56
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A hist?ria do futsal candelariense

O futsal já se expandia e a cada novo campeonato conquistava novos adeptos, incentivando novos jogadores na prática do esporte. Isto ficou comprovado com a nova geração que começou a surgir no início dos 80, dando uma nova dinâmica ao esporte praticado no municipio. Em 1979 foi realizada a terceira edição do campeonato do Medianeira, certame este que não ocorreu em 78 em razão da participação do Minuano no estadual. A competição foi vencida pelo Clube Rio Branco, que sagrou-se bi-campeão. Em 1980 ocorre a quarta edição do certame com os Gaviões conquistando o título, sagrando-se também bi-campeão da competição. Em 81, foi realizada a quinta edição que contou com 20 equipes participantes, sendo o certame com maior número de equipes já registrada. Após vários jogos, a equipe da JPV conquista o título, sendo o time formado com os mesmo jogadores dos Gaviões. Em 82 acontece a sexta e última edição do certame, que consagra a equipe do Unibanco, que conquista o título pela primeira vez. O time campeão contava com os seguintes jogadores: Graxa, Cirilo, Peri, Danilo, Serginho, Carlinhos, Ênio Rohde, Arno, Lalinho, Laércio e Iro Beise. O time era comandado pelo gerente da agência local, Hilton Ellwanger.

SURGE O PAVÃO - No início de 1979 a Copa Rio Branco de futsal se consagra como o grande campeonato de veraneio no município. Neste ano a equipe do Minuano mostra a sua força e conquista o bi-campeonato da competição. Já em 1980, Os Gaviões, equipe tradicional da época, conquista o título contra o time do Pavão, vencendo na final por 1x0. O gol dos Gaviões gerou muitas reclamações por parte dos atletas da equipe do Pavão pois o árbitro da partida havia apitado uma falta, sendo esta em dois toques e indicado o sinal com o braço para cima. Porém os Gaviões bateram direto e o goleiro do Pavão deixou entrar. O gol acabou validado pela arbitragem, que não voltou atrás. Resultado: Gaviões campeão. Em 81, O Pavão se recupera e conquista o título, fato este repetido em 82 com a equipe ficando nove pontos à frente da equipe vice-campeã. Faziam parte da equipe os seguintes atletas: Eri Matana, Franscisco Almeida (Tranqueira), Gelson Schmachtemberg, Air, Paulo Almeida, Beto Almeida, entre outros. O treinador era Nereu Heinze.

Carpegiane encanta - Um amistoso beneficiente organizado por ex-jogadores do Juventude com o intuito de angariar fundos para o asilo local trouxe a Candelária, em janeiro de 82, nada mais nada menos que o treinador campeão da Libertadores e do mundo Paulo César Carpeggiani. O convite partiu do dirigente do Ju na época, Clóvis Filter, que também era parente do craque. Filter pediu que Carpeggiani trouxesse a sua equipe de amigos e realizar o amistoso beneficiente. Carpeggiani fazia parte da célebre equipe multi-campeã do Inter na década de 70 e, no início dos anos 80, foi meio-campista da equipe do Flamengo, que contava com Zico, Andrade, Junior e cia. Em meados de 81 Carpeggiani sofreu uma séria lesão no joelho, vindo a abandonar prematuramente a carreira de jogador de futebol Porém, alguns meses depois, o craque assumiu como treinador da equipe rubro-negra, vindo a conquistar a América na final contra o Cobreloa do Chile e o mundo, com uma vitória por 3x0 frente ao Liverpool da Inglaterra. O amistoso em Candelária foi o primeiro evento do craque após a conquista do título mundial. A equipe de Carpeggiani foi formada pelos seguintes atletas: Gerson, Ibañez, Gelci, Nei, Carpeggiani, Paulo e Bide. Já o time local contou com os seguintes jogadores: Gelson, Sidnei, Astor, Dóia, Lé Martin, Rim, Abacate e Cirilo. O jogo foi realizado no ginásio do Colégio Medianeira sendo assistido por mais de 300 pessoas. Carpeggiani fez cinco gols e deu um espetáculo à parte, mostrando toda a qualidade que o consagrou. O placar final foi 8x6 para a equipe de Carpeggiani. Lé Martin (2), Rim (2), Abacate e Astor fizeram os gols da equipe local. A arbitragem foi de Eudes dos Santos e Maneco. Ao final do jogo, Eudes pegou a bola do jogo, pediu um autógrafo do craque e levou para casa. Até hoje ele guarda a reliquia como marca da passagem de um dos mais excepcionais jogadores do futebol gaúcho em Candelária.