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Esporte 01/03/2019 14:11
Por: Tiago Mairo Garcia

Por onde anda o nosso futebol? : No passado, glórias e conquistas

Na primeira reportagem relembramos alguns momentos que fizeram o futebol candelariense se tornar referência em âmbito estadual com o Grêmio Esportivo Juventude

  • Juventude sagrou-se vice-campeão estadual de futebol amador em 1958
  • Juventude nos anos 60
  • Juventude nos anos 50
  • Juventude nos anos 90 com as categorias de base
  • Juventude nos anos 40
  • Juventude nos anos 40
  • Juventude participando do desfile cívico nos anos 60
  • Juventude no período do centro de treinamento entre 98 e 2003
  • Juventude nos anos 40
  • Juventude nos anos 70
  • Juventude nos anos 60
  • Juventude nos anos 50
  • Juventude nos anos 80 em partida disputada contra o Inter no Beira Rio
  • Charge sobre o jogador Eri Matana que foi publicada na revista esportiva Placar nos anos 80
  • Juventude no período do centro de treinamento entre 98 e 2003
  • Em 2000, categoria juvenil do Juventude comemora o título invicto do metropolitano conquistado no Estádio Darcy Martin

Praticado pela primeira vez nos anos 30 com um time de amigos denominado Flamengo, o futebol de Candelária começou em definitivo a partir do dia 19 de março de 1944. Nesta data, os amigos Walter Filter, Teodoro Filter, Perceval Martin e Darci Martin fundaram o Grêmio Esportivo Juventude, sendo os primeiros passos para o desenvolvimento da modalidade no município.

Ao longo da sua trajetória, o Juventude, nome que foi escolhido pelos amigos como uma homenagem à mocidade dos anos 40, foi a primeira entidade esportiva a representar o município em estaduais de futebol, fato que aconteceu pela primeira vez em 1948. A conquista mais expressiva do clube candelariense ocorreu 10 anos depois, em 1958, quando o Juventude disputou a final do Campeonato Estadual de Futebol Amador. Campeão da Série Prata, os candelarienses enfrentaram o Quaraí, que havia conquistado o título da Série Ouro para decidir o título estadual daquele ano. 

No primeiro jogo da final, disputado em Quaraí, na fronteira com o Uruguai, o Quaraí venceu os candelarienses por 4 a 1. Na segunda partida, disputada no Estádio Darcy Martin, empate em 1 a 1, resultado que deu o título estadual amador para o time da fronteira. O time do Juventude, vice-campeão estadual em 58, foi formado com Bugrinho, Irineu, Adão Mença, Carlos Larger e Ruby Schneider. Vilson, Sadi e Delmar. Nairo, Pelego e Neri. Após as finais, o Quaraí contratou o zagueiro Carlos Larger e os meias Sadi e Delmar, que atuaram por um ano na equipe da fronteira. 

Com a conquista do vice-estadual amador em 1958, o Juventude passou a ser conhecido e respeitado por onde passava. Nos anos 60, a terceira geração do clube continuou trilhando a história da equipe na disputa do Campeonato Estadual de Futebol Amador. Entre 1959 e 1970 o estadual passou a ser dividido em séries, consagrando cinco equipes como campeões do estado. Em 1963, o Juventude chegou perto de conquistar uma das séries em disputa ao chegar na final da Série Verde. Na final, o Juventude enfrentou o Juventus, de Barra do Ribeiro. O primeiro jogo foi disputado em Barra do Ribeiro e a decisão novamente em Candelária. Na primeira partida, o Juventus venceu por 4x1 e a segunda ficou empatada em 0x0, com o título estadual sendo comemorado pela equipe de Barra do Ribeiro. O time do Juventude, vice-campeão da Série Verde em 1963 foi formado com Bugrinho, Ruby Schneider, Lé Martin, Paulo Coimbra e Geno. Telmo da Silva, Gilberto Schünke e Marino. Pedrolino, Iá e Itabajara. O técnico era Carlos Larger. Também fizeram parte Ruy Kellermann, Paulo Costa, Ery Matana, Mico, Limeira, entre outros.

A partir de 1974, com o ingresso do Minuano nas disputas do Estadual de Amadores, Candelária passou a ter seu primeiro clássico valendo pela competição estadual. Os clássicos entre os rivais foram disputados nos anos de 74, 75, 77, 85, 86 e 87. Na década de 80 também foram registrados os duelos com o Olarias, da Linha do Rio, que igualmente participou dos estaduais de 86, 87 e 90. Nos anos 80, o Juventude ainda participou do Estadual Adulto, mas saiu nas fases eliminatórias do início da década e na 1ª fase dos anos de 86 e 87. Em 1992, o time adulto do Juventude disputou a competição pela última vez, sendo eliminado na primeira fase. Em 2009, o Juventude montou uma equipe adulta para representar Candelária no Campeonato Regional de Futebol do Vale do Rio Pardo, onde os titulares foram eliminados na primeira fase e os reservas avançaram até as semifinais, sendo eliminados pelo Sinimbu. 

Conquistas estaduais vieram nas categorias de base

Em 1994, o presidente do clube, Luis da Rosa Gomes, reativou as categorias de base que havia sido criada em 1988 na gestão do então presidente Dóris de Moraes. A partir desta reativação, a escolinha disputou campeonatos de nível regional e estadual, nos quais conquistou 18 títulos até 2007. Em 1996, a categoria pré-mirim, formada por atletas nascidos em 1984, foi campeã do Gauchão Esperança série B ao derrotar em dois jogos, o Cristal, de Vacaria, na final. Após a conquista, os meninos decidiram em um triangular, de ida e volta, com Caxias e Gaúcho, de Passo Fundo, a classificação para a final da série A, porém foram eliminados nesta fase. O time campeão da Série B foi formado com Beto Costa, Francis, Gildomar, Humberto e Anderson. Rafael Flores, Daril, Greg e Lisias. Edinho e Dirico.

Em março de 1998, o Juventude passou a ter um Centro de Treinamentos através de parceria com a churrascaria Porcão, intermediada e coordenada pelo ex-jogador Gilmar Pavin. Neste período, atletas oriundos de várias regiões do país e até do exterior vieram morar em Candelária. Através da parceria, em 1998, o Juventude sagrou-se campeão estadual amador juvenil, derrotando o Clube Vera Cruz na final. O time campeão foi formado com Marcelo Steil, Jian, Minhoca, Abel Turk, Rafael Vezentini, Sandro, Moacir, Cebolinha, Noé, Capitinga, Boiadeiro, Preto, Gersinho, Matias, Zuza, Israel, Arthur e Marcelo.

Em 1999, a Porcão desistiu de seguir com o projeto em Candelária. Como o Juventude estava em meio a disputa de competições, Pavin contatou o empresário paraguaio José Benitez, ex-goleiro do Internacional e que havia se interessado pelo projeto. Desta forma, a partir de 2000, o paraguaio passou a patrocinar o Centro de Treinamentos. Assim, por durante três anos, trouxe conquistas consideráveis para o futebol candelariense. A categoria juvenil obteve os títulos da Copa Abílio dos Reis em 2000 e o bicampeonato da Liga Metropolitana (2000/2001). Em 2002, os juvenis do Juventude obtiveram o título de campeão do interior ao finalizar o estadual de futebol juvenil na terceira colocação, atrás apenas de Grêmio e Internacional, com o feito de não perder para a dupla Grenal nos jogos realizados em Candelária. Em 2003, após a eliminação dos juvenis na Copa James Vidal, Benitez encerrou as atividades em Candelária, transferindo o Centro de Treinamentos para Cachoeira do Sul, onde a equipe Junior do São José chegou ao vice-campeonato estadual, perdendo a final para o Caxias. Os candelarienses Daril e Roni Braga fizeram parte daquela conquista em Cachoeira do Sul.

Fonte: A matéria foi elaborada com base em informações sobre a história do Grêmio Esportivo Juventude, que estão publicadas no blog Riquezas do Nosso Futebol (http://riquezasfutebol.blogspot.com), de autoria do jornalista Tiago Mairo Garcia.