Por: Diego Foppa
Exército traz novas pontes flutuantes para substituir as que foram levadas por enxurradas
Passadeiras montadas sobre barcos virão da fronteira gaúcha, de Santa Catarina e do Paraná
O Exército já iniciou o deslocamento de novas pontes flutuantes para o Rio Grande do Sul, para substituir as que foram levadas por enxurradas nos rios Forqueta e Pardo, na quinta, 23. Denominadas passadeiras, as estruturas metálicas são compostas de uma passarela apoiada em barcos, unidos por cabos. Duas passadeiras que tinham sido montadas há pouco mais de uma semana foram levadas pela força da correnteza no interior do Rio Grande do Sul. Uma delas atravessava o Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado (no Vale do Taquari). A outra ficava no Rio Pardo, em Candelária (no Vale do Rio Pardo). Cada uma dessas estruturas tinha em torno de 80 metros de extensão e permitia a passagem de 45 pessoas por minuto. Novas estruturas serão montadas nas posições atingidas assim que as condições de segurança permitirem, condicionadas ao nível do rio, correnteza, dentre outros fatores, de modo a garantir a integridade física da população beneficiada.
A passadeira do Rio Forqueta havia sido montada no dia 15 de maio, depois que a ponte da ERS-130 ficou destruída. Já a passadeira do Rio Pardo foi montada no dia 16, depois da queda da cabeceira da ponte da RSC-287. A s novas passadeiras virão de unidades da Engenharia do Exército situadas em São Borja (na fronteira gaúcha com a Argentina), Palmas (PR) e Tubarão (SC). Não há previsão de quando serão instaladas. ”Não poderão ser montadas antes que as condições de segurança permitam. Não podemos colocar em risco a integridade física da população que já está afetada”, esclarece o capitão Marco Lemos, do 4º Grupamento de Engenharia do Exército, unidade militar situada em Porto Alegre. Esse quartel é responsável, no Comando Militar do Sul (CMS), pelas decisões envolvendo estruturas emergenciais, como as pontes flutuantes. A perspectiva mais otimista é montar as estruturas assim que a chuvarada parar, o que pode acontecer no meio da próxima semana.
As passadeiras já haviam sido interditadas, quando foram levadas pelas águas. A situação em ambos os casos foi a mesma. Com a elevação rápida do nível dos rios, pelo menos dois metros em 15 minutos, o trânsito de pedestres foi imediatamente interrompido. Materiais suspensos trazidos pela água, como troncos, provocaram o arrasto das estruturas. A expectativa dos militares é recuperar, assim que possível, os barcos levados pelas enxurradas. Para fazer a passadeira são colocados suportes flutuantes sobre a água e, então, fixados painéis, por onde as pessoas passam. (Com informações de GZH)
O QUE DIZ O GABINETE DE CRISE – O gabinete de crise esteve reunido na noite de ontem, 23, para debater alternativas em relação à nova dificuldade gerada pelo rompimento da ponte flutuante. Por ora, o município vem trabalhando com as ações debatidas na reunião. Os trabalhos foram intensificados na ponte pênsil para que a travessia seja liberada o mais breve possível.