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25/08/2009 16:56
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A violncia infanto-juvenil em debate

Desde 2005, obedecendo uma determinação federal, funciona em Candelária o Serviço de Combate e Enfrentamento à Violência Infanto-Juvenil, conhecido como Sentinela. Além de prestar atendimento especializado a crianças e adolescentes envolvidos com violência, o serviço também prevê a promoção de ações preventivas. Neste aspecto, busca a cada ano fortalecer o contato com a rede de proteção da criança e adolescente do município. Uma das ações nesta direção é a realização de um evento anual de âmbito municipal para debater as questões relacionadas à violência infanto-juvenil, cuja terceira edição aconteceu sexta-feira, 21, no Clube Rio Branco.
A questão das drogas, em vista de sua relação de causa e efeito com a violência, foi o tema recorrente do 3º Encontro de Combate e Enfrentamento à Violência Infanto-Juvenil, promovido pela prefeitura, através da secretaria municipal de Assistência Social e Habitação. Na abertura, o prefeito Lauro Mainardi destacou a gravidade do problema, observando que as drogas constituem um mal que deve ser combatido na raiz. Diante disso, lamentou que essa discussão tão importante não receba uma atenção maior da comunidade, referindo-se ao número de participantes. Identificou, por outro lado, qualidade na platéia, com pessoas interessadas na busca de soluções de um problema que afeta de forma dramática inúmeras famílias candelarienses. A programação teve início com a explanação do projeto Longe do Mundo das Drogas, desenvolvido pela equipe do Sentinela em parceria com a Brigada Militar. Através desta iniciativa, foram feitas visitas e palestras em 14 escolas do município para alunos de 5ª a 8ª série. A psicóloga Roberta Crespo Moreira esclareceu que este trabalho teve como foco a conscientização. “Procuramos mostrar como o mundo das drogas pode acabar com os sonhos dos jovens”, salientou.
O evento também abriu espaço para uma ação de conscientização sobre a dengue, a cargo da Vigilância em Saúde. Na seqüência, aconteceu uma explanação sobre o funcionamento da Unidade de Recuperação de Dependência Química do Hospital Candelária, através da administradora Ladi Loewe de Oliveira, da psicóloga Ana Cristina Petry e da consultora Vera Lúcia Machado. A programação da manhã foi encerrada com a apresentação da peça Alcoolismo na Família pelo Grupo Teatral Arte e Magia da Escola Lepage. Através de uma dramatização bastante convincente, os jovens do grupo mostraram como o abuso do álcool pode afetar a vida de uma família.
TARDE - Na parte da tarde, o encontro teve continuidade com a palestra “O Papel e a Responsabilidade da Sociedade na Prevenção e Combate às Drogas”, ministrada pelo fundador e diretor-geral da Comunidade Terapêutica Giseda (Grupo de Inclusão Social e Tratamento de Drogados e Alcoólatras), Vitor Hugo Gehlen Leão. Seguiu-se uma encenação teatral sobre drogas, desta vez a cargo do Grupo de Teatro Arte Livre da Escola Christiano Graeff. A programação foi encerrada com a palestra “Implicações Físicas e Psicológicas do Uso de Drogas”, ministrada pelo presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Cruz do Sul, Ari Nunes Assunção. A secretária municipal de Assistência Social e Habitação, Leandra Sartori, fez uma avaliação muito positiva do encontro, destacando o fato de ter reforçado a consciência em torno de uma mobilização maior para a questão das drogas. Um passo nesta direção, segundo adiantou, pode ser a criação de um Conselho Municipal Antidrogas em Candelária.