Uma hist?ria que come?ou com 16 crian?as e hoje ? o segundo lar de 84

Tudo começou em 6 de outubro de 1993, quando a então secretária estadual de Educação, Neusa Canabarro, entregou ao prefeito municipal Jorge Luiz Hoffmann a documentação referente à liberação dos recursos para construção da Casa da Criança. Uma obra de 460 m² com capacidade para atender 52 crianças de 0 a 6 anos de idade. Dois anos depois, em 4 de abril de 1995, através da lei municipal 321/95, a entidade passou a se denominar Casa da Criança Tia Clara, em homenagem a Mathilde Züge. E, finalmente, no dia 17 de abril do mesmo ano a creche abriu suas portas para receber 16 crianças que passaram a se envolver em um trabalho de acompanhamento educacional, social, cultural, recreativo, alimentar e de controle da saúde.
Na época, as funcionárias eram Stela Janice Lawall (diretora e responsável pelo trabalho de acompanhamento pedagógico), Clécia Margarete Costódio (responsável pela unidade recreativa da instituição), Ieda Marlene Auler (Chefe de Serviços e responsável pela alimentação) e Santa Herci Pacheco dos Santos (servente). Também integrou esta equipe a nutricionista Denise Caspani, de Cachoeira do Sul. Já a turma dos alunos era formada por Catiéle Quoos da Silveira, Cássio Henrique Züge, Cristchie Shayanne Lüdtke, Camila Maiara Pereira Machado, Diônata Tiago Soares Pfaff, Daniela Becker, Filipe Arthur Diehl, Henrique Kluge, Ícaro Sabin, Jéssica Correia Hansen, Leonardo Lawall, Leonardo Gabriel Altermann, Máyra Dafne Hetwwer, Maryndia Diehl Müller, Pâmela Luiza Pagel da Silva e Pedro Henrique K. dos Santos. Desde lá, muitos entraram e tantos outros deixaram esse ambiente. Cada um com histórias e sentimentos diferentes. Afinal, tiveram na Creche um segundo lar.
Para a atual diretora, Elusa Streck Plautz que há 16 anos é professora, a oportunidade de comandar a creche surgiu em 2007 e pode ser resumida em três palavras: responsabilidade, satisfação e amor. Para ela, é importante perceber que não está sozinha no desempenhar do trabalho, pois direção, pais, funcionários e alunos estão unidos. Já para o prefeito Jorge Hoffmann, a creche é citada como uma “menina dos olhos” da administração. “Sinto-me orgulhoso! É uma conquista para o provo bastante relevante. Se na época houve quem ousou desacreditar que a creche pudesse funcionar, hoje reconhecem sua grandiosidade”, expõe. Ele ainda revela que o executivo, através de recursos oriundos do Fundeb, adquiriu duas áreas destinadas à ampliação da Escola de Educação Infantil Tia Clara.

A creche pela primeira diretora
Em entrevista à Folha de Candelária, a primeira diretora da instituição, Stela Janice Lawall, avaliou o período em que esteve à frente da creche.

Hoje, depois de doze anos de funcionamento da Creche, me sinto justamente assim: privilegiada e parte de uma conquista indescritível. Na época era apenas um prédio construído e um sonho, iniciar um projeto ousado e totalmente diferenciado. Iniciamos com dificuldades, mas em nenhum momento deixamos de acreditar que poderia dar certo, pois tínhamos carinho, amor e respeito por aquilo que estávamos realizando. Tive a oportunidade de ser mais profissional, mais gente, mais humana e com uma visão que considero essencial nos dias de hoje, fazer tudo com o coração. Hoje, olhar para trás traz muita saudades, mas também traz a satisfação de dever cumprido. Atualmente, a creche é referencia e sua história continua sendo contada por aqueles que passaram, por aqueles que estão e por aqueles que ainda virão”.