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25/08/2009 16:56
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Falta de gua gera crticas Corsan

O reservatório da Corsan no centro da cidade foi inaugurado no ano de 1954. Nestes 54 anos que se passaram até hoje, a população cresceu e a única obra de suporte foi a construção do reservatório da Vila Marilene. Se por um lado o aumento do número de moradores evidencia também um maior faturamento da empresa, de outro os problemas acusam a falta de investimentos em Candelária. Basta faltar luz ou acontecer algum problema nas adutoras para que, em três ou quatro horas, a população, que em sua maioria não possui reservatórios residenciais, fique sem água. Deixar as torneiras abertas para que o barulho na pia denuncie à volta do líquido acaba gerando despesas e da taxa fixa cobrada mensalmente não são descontadas as eventuais interrupções.
O secretário de Agricultura, Orlando Kochenborger denuncia que somente no início de novembro foram três as interrupções no fornecimento na residência em que mora, na avenida Pereira Rego. “A água vinha à noite e terminava pela manhã”, queixa-se. Orlando frisa que não fala na condição de secretário de governo, mas como cidadão prejudicado, dizendo que os problemas na falta do abastecimento deveriam ser resolvidos na origem, para que quando aconteça algum imprevisto, a estatal tenha condições de manter o abastecimento por mais tempo. Para ele, o serviço que deixa a desejar abre caminho para que o governo municipal pense se há alguma vantagem da municipalidade renovar o contrato com a Corsan, que vence em 2011. “Evidentemente que algo deve ser feito urgentemente, e falo somente em relação à água, afinal, a companhia também não é responsavel pelo saneamento”, indaga.

Contraponto
O gerente da unidade local da Corsan, Luiz Fernando Barbosa, explica que nos últimos 30 dias foram registrados somente dois episódios que levaram à interrupção no fornecimento. O primeiro foi no dia 10 de novembro, quando houve o rompimento da adutora em um possível caso de vandalismo e que deixou a cidade sem água durante todo aquele domingo. O segundo, registrado na madrugada de quarta-feira, 10 de dezembro, exatos 30 dias depois, foi relacionado à falta de energia elétrica desde a escola Lepage até o ponto de captação, acima da Prainha. “Até que a energia fosse restabelecida, que a água chegasse à estação de tratamento na cidade e passasse pelo processo de tratamento, demandou muito tempo”, argumenta o gerente. Quanto às eventuais interrupções no fornecimento para manutenção, explica que a população é avisada previamente através das rádios locais.

SOLUÇÃO – Os canos de 300 milímetros depositados no pátio da estatal e que são suficientes para cobrir uma extensão de 3,8 quilômetros não devem demorar mais muito tempo até que sirvam ao seu propósito, o de renovar o sistema de adução desde o posto de catpação até a estação de tratamento. O gerente Luiz Fernando Barbosa explicou que o processo licitatório para o certame que prevê a contratação de empresa para realizar o serviço de implantação da nova tubulação já está aberto (nº 278/2008), aguardando tão somente os prazos regimentais serem cumpridos. Ele preferiu não estimar prazo para o início das obras, que serão feitas sob a via pública ao invés de passar por terras de particulares. A informação é de que a obra deverá custar R$ 313 mil, ao invés dos R$ 400 mil orçados inicialmente.