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25/08/2009 16:56
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O fim trgico aps um acerto de contas

A morte de um homem assassinado com um tiro no peito e a golpes de tacos de sinuca em um bar no Rincão Comprido abriu as estatísticas de homicídio em Candelária em 2009. João Cláudio da Cunha, um agricultor de 28 anos, foi a vítima fatal do crime que ocorreu por volta das 20h40 do último sábado, 24. Os acusados das agressões são Mauro da Rosa, um biscateiro de 44 anos, e seu genro, Robson Gomes da Silveira, um servente de 30 anos. João Cláudio e Robson possuíam uma rixa desde o ano passado, quando João Cláudio teria atingido o servente com um golpe de tranca de porta na cabeça, o que determinou sua hospitalização e que corrobora a hipótese de vingança.
No último sábado, João Cláudio chegou ao Bar Oliveira, no quilômetro 139 da RSC 287, para comprar refrigerante e cachaça. Na cancha de bocha anexa ao bar, estavam Mauro e Robson entre outras pessoas, que chegaram já na parte da tarde para tomar cervejas e jogar bochas e snooker. No momento em que a proprietária do bar atendia ao pedido de João Cláudio, Robson e uma outra pessoa com quem estava jogando bocha teriam entrado no bar. Segundo depoimento de Robson à polícia civil, João Cláudio o teria “encarado”, o que foi o bastante para iniciar a briga. Armado com um taco de sinuca, Robson teria golpeado João Cláudio na cabeça; este teria puxado de um facão e desferido golpes contra seu agressor. Segundo depoimento de Mauro da Rosa, sogro de Robson, ao ver que João Cláudio iria golpear seu genro, ele puxou o revólver e desferiu um tiro.
A vítima ainda tentou fugir para dentro da residência dos proprietários do bar, mas tombou morto em um dos cômodos. Depois do trabalho pericial realizado pelo Instituto Geral, o corpo foi encaminhado ao posto do Departamento Médico Legal de Santa Cruz do Sul, sendo liberado aos familiares para o sepultamento, que ocorreu no domingo, no Cemitério Municipal de Candelária. João Cláudio da Cunha residia na rua Jacob Steil Filho, era casado e deixa também um filho de quatro anos. Os proprietários do estabelecimento lamentaram o ocorrido, lembrando que até então não haviam presenciado nenhum caso desta natureza.

Mauro assume a autoria do tiro
Em contato com o Departamento Médico Legal de Santa Cruz do Sul, o delegado Eron Marques de Lemos informou que o tiro foi o que determinou a morte de João Cláudio Cunha. Até então, tinha-se que ele tinha morrido em decorrência dos golpes recebidos na cabeça. Mauro da Rosa e Robson da Silveira Gomes, se apresentaram na terça-feira à tarde na delegacia de polícia para prestar depoimento ao delegado, acompanhados do advogado Wilmar Rediske. Mauro (foto) confirmou que atirou contra João Cláudio para defender o genro. O revólver utilizado é de calibre 38, o qual Rosa disse ter perdido quando fugiu do local. Ele não possui porte nem registro da arma e tampouco soube identificar a marca. A versão apresentada por Robson foi a mesma do sogro.