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25/08/2009 16:56
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Combate dengue requer esforo conjunto

O Rio Grande do Sul foi considerado pelo Ministério da Saúde um dos Estados com alto risco e potencial para a ocorrência de epidemia de dengue. Para tratar deste assunto, entre outros, a Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde – Assedisa – realizou na semana passada, na sede da Famurs, em Porto Alegre, uma reunião para discutir medidas de combate à epidemia da doença nos municípios do Estado.
Candelária esteve representada pelo secretário de Saúde, Aristides Feistler, que ressaltou a importância da participação ativa da comunidade e também das entidades empresariais do município. “O combate à dengue não depende de uma só pessoa, mas do trabalho conjunto de toda a comunidade”, ressaltou. “É necessário que cada cidadão e também as entidades façam sua parte, conhecendo os perigos do alastramento da dengue e as medidas preventivas que devem ser tomadas para combater a doença”, enfatiza. Aristides afirma que a secretaria municipal está empreendendo todas as ações possíveis no combate ao mosquito através do trabalho da Vigilância Epidemiológica e Ambiental, mas reafirma a necessidade de que entidades empresariais devem unir-se a esta luta.
Feistler revela que Candelária recebe R$ 4.139,70 mensais do governo do Estado para distribuir nas ações de vigilância sanitária, saúde do trabalhador, vigilância epidemiológica e ambiental, porém queixa-se de que a verba é pouca para realizar todas as ações desejadas. “Temos 10 pessoas trabalhando na área da vigilância, mas apenas três são agentes de campo, responsáveis pelas vistorias nas armadilhas e no trabalho de conscientização tanto na cidade quanto no interior”, acrescenta. Segundo ele, na reunião em Porto Alegre os secretários foram unânimes ao apontar que o aumento da verba é primordial para que o trabalho seja mais abrangente.

26 armadilhas monitoram o movimento
Em diversos pontos estratégicos de Candelária existem armadilhas para o mosquito transmissor colocar suas larvas, como rodoviária, marcenaria, Caps, igrejas. Ao todo, são 26 pontos. Segundo Marcos Leandro Goelzer, um dos agentes de campo, as visitas nestas armadilhas são semanais, mas não foi encontrada nenhuma larva no município até o momento. O agente afirma que nas próximas semanas também será realizado um trabalho nas residências, onde serão distribuídos panfletos informativos para que a comunidade saiba o que deve ser feito para evitar que o mosquito transmissor coloque suas larvas. “As pessoas já tem uma ótima noção dos perigos que uma epidemia como esta pode causar, a exemplo de outros Estados, mas quanto mais informações elas tiverem, melhor será para mantermos o Rio Grande do Sul longe da dengue”, garante. A administração municipal, preocupada com este problema, faz um chamamento a toda a população para que participe desta mobilização e contribua para que o mosquito da dengue não se prolifere na cidade.

Sobre a dengue
A dengue é uma doença contraída por pessoas através da picada do mosquito transmissor – Aedes aegypti – e seus sintomas são a febre alta, dor de cabeça, nos músculos e juntas, prostração, astenia, anorexia, náuseas, vômitos, exantema, prurido cutâneo, manifestações hemorrágicas, choque e óbito. Os principais criadouros do mosquito no estado são: lixo, garrafa, lata e plásticos (32%); móveis, vasos de plantas (30%) e pneus (15%). Os demais locais perfazem 23% do total.