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25/08/2009 16:56
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Abigeato: novilhos tm a preferncia

A onda de roubo de gado, que na maioria das vezes é abatido no campo da própria vítima e caracteriza o abigeato, voltou a preocupar os produtores de Candelária. Na semana passada, dois novos casos foram registrados numa mesma propriedade, na região de Oveiras. Em 2008, segundo informações da BM, ocorreram nove casos, sendo que fevereiro foi o mês de maior incidência do crime, com dois registros. O número, no entanto, pode ser superior, já que maioria das vítimas não procura a polícia para relatar os casos.
É por este motivo, na avaliação do capitão da BM de Candelária, Rodrigo Sartori, que muitos abigeatários seguem praticando o crime. “Maioria das pessoas não informa a polícia para relatar a ocorrência alegando que não vai adiantar. Isso é incorreto porque precisamos de informações para investigar”, afirma. De acordo com ele, a BM já tem a possível autoria dos abigeatos ocorridos na semana passada. Os casos foram na propriedade do médico veterinário Carlos Alberto Roos, na localidade de Oveiras.
O primeiro registro foi no dia 2, quando foram roubados dois novilhos que estavam na invernada da fazenda, na divisa com o arroio Rebentona. O segundo foi percebido na quinta-feira, 5, quando Roos encontrou uma novilha baleada no pescoço. O animal foi medicado e está fora de perigo. Em entrevista à reportagem da Folha, ele disse que suspeita de pescadores e caçadores que seguidamente estão nas matas da Aracruz Celulose, nas proximidades da propriedade. Conforme o médico veterinário, no ano passado também foi registrado abigeato. “Normalmente não são levados animais pesados. Os ladrões optam por gado de menor porte que é mais leve e fácil de carregar da propriedade”, relata.   

ALERTA - O capitão da BM de Candelária, Rodrigo Sartori, destaca que permitir a entrada de caçadores e pescadores nas propriedades é uma prática arriscada. “Este hábito deve ser evitado. Mesmo que as pessoas sejam conhecidas do proprietário, nada garante que um estranho não vá entrar junto para analisar o local e, posteriormente, praticar algum furto”, justifica. Sartori lembra ainda que as caçadas são proibidas e que a pesca, especialmente na piracema, deve ser evitada. Isto, segundo ele, já serve de motivo para impedir a entrada de terceiros nas propriedades.
De acordo com ele, é dever da população informar a polícia sobre a ocorrência de abigeatos. A criação da Patrulha Rural permitiu que a BM aumentasse sua rede de contatos também no interior. “Hoje temos uma rede de informações, podemos identificar as rotas de fuga nas localidades e acionar alguns contatos nestes locais”, conclui. A Brigada Militar pode ser acionada pelos telefones 3743 1167 ou pelo 190.