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25/08/2009 16:56
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Vendedor simula assalto na Curva das Cobras

A polícia civil de Candelária desvendou um crime de estelionato que lesou em R$ 30 mil reais a empresa do ramo atacadista Macry e Cia. Ltda., do município de Venâncio Aires. Tudo começou com um assalto forjado que teria ocorrido no último dia 4, na RS 400, próximo a Curva das Cobras. No local, o vendedor da empresa Márcio Antonio Fischer relatou à polícia que havia sido assaltado por dois elementos e teve levado o dinheiro e um telefone celular. Desconfiados, os policiais iniciaram as investigações interrogando primeiramente o proprietário do atacado, o empresário Renato Luiz Machry. Ele contou ao delegado Eron Marques de Lemos que o vendedor da empresa, Márcio Fischer, havia efetuado na tarde do dia 3 uma venda de mercadorias no valor de R$ 30 mil para Dirceu Soares dos Santos, que iria inaugurar um mercado em Salto do Jacuí. No dia seguinte, a carga foi transportada para Salto do Jacuí. Ao fazer a entrega no mercado, o motorista da empresa teria se deparado com Fischer e o comprador. Segundo o motorista da empresa, Fischer e Santos o convenceram a descarregar a carga após ovendedor ter dito que efetuaria com o comprador um depósito bancário na conta da empresa venancio-airense em Soledade. Sob esta afirmativa, o motorista deixou as mercadorias no mercado e voltou a Venâncio. Na manhã do dia 5, Fischer teria telefonado para Machry, dizendo que havia sido assaltado em Candelária e que teve roubados os R$ 30 mil em dinheiro que havia recebido do comprador no banco em Soledade.

As conclusões da polícia - Com base no depoimento do empresário, a polícia continuou as investigações e concluiu que o roubo acontecido em Candelária se trata de uma comunicação falsa de crime, pois, segundo o delegado, Fischer teria simulado o assalto. Já o estelionato foi comprovado através do depoimento de um dono de outro estabelecimento de Sobradinho. Esta pessoa afirmou que o vendedor havia feito uma proposta em que ele venderia a carga avaliada em R$ 30 mil por R$ 7 mil. Com os R$ 7 mil em mãos, para justificar a falta dos R$ 30 mil à sua empresa, ele simularia um assalto.

O depoimento - Fischer prestou depoimento acompanhado de seu advogado na última quarta-feira, 25. O vendedor confirma a simulação do assalto, porém, se contradiz em alguns pontos referentes ao estelionato. Segundo a polícia, vários indícios incriminam Fischer, primeiro porque ele tinha apenas a função de vender e não de fazer cobranças externas. Um fato no mínimo estranho foi os supostos assaltantes não terem levado o lap-top que estava no carro de Fischer e o aparelho celular particular que ele carregava, sendo levado somente o telefone da empresa. O vendedor será indiciado por comunicação falsa de crime e estelionato. Já Santos, deve ser acusado de co-autoria em estelionato. Ambos responderão processo em liberdade. A mercadoria foi apreendida no estabelecimento do comprador, em Salto do Jacuí, na última quinta-feira,19, e já foi restituída ao atacado de Venâncio Aires. Cerca de R$ 3 mil em mercadorias acabaram sendo comercializadas no estabelecimento.