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25/08/2009 16:56
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Familiares de vtima em acidente querem que polcia investigue as circunstncias

A família do agricultor Leonildo Borges, 33 anos, de Três Pinheiros, que morreu no domingo, 12, em decorrência de traumatismo craniano, após se ferir em um acidente de moto próximo à Curva das Cobras, pediu à polícia providências para apurar as reais circunstâncias do episódio que ocorreu, na sexta, 10. A causa da morte foi confirmada pela equipe de enfermagem do Hospital Santa Cruz, mas a família garante que um sobrinho da vítima, que seria o caroneiro da moto, teria presenciado o fato e poderia prestar mais informações a respeito.
Claudiomiro Borges, irmão do motociclista, procurou a reportagem da Folha na manhã de terça, 14, para dar mais detalhes sobre o acidente que ocasionou a morte de Leonildo. Ele afirmou que a vítima levava como caroneiro um sobrinho de 18 anos. O fato contradiz a informação que o Batalhão da Polícia Rodoviária de Cachoeira, responsável pelo registro da ocorrência, repassou inicialmente à Folha, de que o condutor estaria sozinho no momento do acidente.
Segundo Claudiomiro, o caroneiro teria sumido do local sem ter prestado socorro à vítima, que só foi atendida pouco depois pelos Bombeiros Voluntários. Inconformado pela possibilidade de o irmão não ter sido socorrido pelo caroneiro, Claudiomiro questiona as reais causas do acidente. “Queremos saber o que aconteceu naquele dia e por que o caroneiro não ficou ali”, disse. Por este motivo, ele afirmou que pedirá a abertura de inquérito policial para investigar o caso.
Procurado pela reportagem da Folha, o delegado Eron Marques de Lemos disse que até agora não foi oficialmente procurado pelos familiares do motociclista. Adiantou apenas que o inquérito deverá ser aberto assim que a Delegacia de Polícia receber a ocorrência registrada pela Polícia Rodoviária, juntamente com o laudo da necropsia que aponta a real causa da morte. Isto, segundo ele, pode demorar porque geralmente os laudos são fornecidos num prazo de 30 a 90 dias.

DEMORA – Claudiomiro Borges também fez queixas quanto ao atendimento médico disponibilizado ao irmão. Ele disse que teve dificuldades para conseguir vaga na UTI do Hospital Santa Cruz, o que, na sua avaliação, atrasou o tratamento. “Ele sofreu o acidente às 7h30 e só conseguiu internar para receber a medicação adequada às 18h”, acrescentou. “Mesmo assumindo o pagamento de diárias no valor de R$ 600,00 não conseguimos interná-lo logo”, encerrou.