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Chuva minimiza efeitos da estiagem
Para os produtores de milho e de soja deveria ter chovido entre 40 e 50 milímetros no município. A quantia seria ideal para recuperar as plantações que ainda estão em fase de desenvolvimento. A chuva que caiu no domingo, na avaliação de agricultores e de técnicos, só ameniza temporariamente os efeitos da escassez de umidade. De acordo com o chefe do escritório da Emater em Candelária, Fernando de Souza, a precipitação chegou a tempo de fortalecer as lavouras que, até então, não tiveram danos irreversíveis. “A perda de produção vai ser igualmente registrada, mas de qualquer modo ajudará a desenvolver parte do que está plantado”, prevê.
Em entrevista à Folha, ele disse que serão beneficiadas principalmente as lavouras de milho e de soja cultivadas mais no tarde (em meados de dezembro e janeiro) que estão na fase de produção. “A umidade é boa para o milho porque melhora o enchimento das espigas, e para a soja que poderá segurar mais o grão garantindo uma produtividade maior”, acrescenta. No caso do milho, na avaliação do secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Adilo Schuck, a recuperação deverá ser rápida se as lavouras não apresentarem perdas significativas.
Os prejuízos decorrentes da estiagem ainda não foram calculados. Os números oficiais só poderão ser divulgados depois da colheita. Em algumas plantações de milho, no entanto, sabe-se que os estragos são expressivos. Isto se explica, por exemplo, pelo fato de o governo do Estado já ter concedido desconto de 30% no pagamento das sementes do sistema Troca-Troca para agricultores de municípios que decretarem situação de emergência.
Até a semana passada pelo menos 97 cidades gaúchas estavam nesta condição.
Entre os produtores de Candelária que terão quebra significativa de produção estão Luís Cláudio Müller, 54 anos, e Normindo Nauderer, 44, da Linha do Rio. Juntos, eles cultivaram 66 quilos de milho, numa área de quatro hectares, nesta safra. “O que foi plantado no tarde, por volta de janeiro, não vingou; deu problema na fase de germinação”, explica Nauderer. “Cerca de 70% está perdido e não se recupera mais”, completa. Pelo menos 40 quilos - maior parte da produção - foram semeados nesta época. Na safra anterior os dois colheram, em média, 300 sacos de milho. “Neste ano não deve passar de 120 quilos por tudo”, asseguram. A previsão dos agricultores é de que o restante da plantação tardia se desenvolva se não houver incidência de geada. “Se a temperatura se mantiver estável pode haver melhora, mas do contrário o milho servirá só para a cilagem”, afirmam.
O que foi plantado alguns meses antes, por volta de outubro e novembro, deve ser colhido a partir de junho. Nestas lavouras a produtividade é tida como excelente visto que as condições climáticas foram favoráveis. Na segunda-feira, 20, quando a reportagem da Folha esteve na Linha do Rio, os agricultores já antecipavam o processo de secagem das espigas. Pouco antes de conceder a entrevista, Müller e Nauderer tinham começado a dobrar os primeiros pés de milho para garantir o enxugamento dos grãos. Naquela região, o volume de chuvas ficou em torno dos 13 milímetros.
SERRA - Os prejuízos com a estiagem não são verificados com a mesma intensidade em todas as regiões. Em Candelária, por exemplo, de acordo com o secretário do STR, Adilo Schuck, as lavouras da região serrana, como Vila União, Três Pinheiros, Picada Karnopp, Alto da Légua, Arroio Lindo e Roncador, tiveram prejuízos menores. “A região da serra está com a produção mais desenvolvida porque a chuva anterior, ocorrida no começo de abril, foi de 25 milímetros enquanto que na cidade (região baixa) foi de apenas dois. Foi isto que favoreceu aquelas plantações”, explica. Na precipitação do último domingo o volume de chuvas no Arroio Lindo e no Roncador ficou em torno de 15 milímetros.
PREVISÃO - De acordo com informações disponibilizadas no site climatempo.com.br, não há previsão de chuvas para os próximos dias. Pelo menos até o dia 2 de maio a tendência é de que o tempo se mantenha seco e com sol. Para amanhã e domingo igualmente as temperaturas deverão se manter entre os 17 e os 28 graus. Embora haja aumento da nebulosidade, não chove.
Em entrevista à Folha, ele disse que serão beneficiadas principalmente as lavouras de milho e de soja cultivadas mais no tarde (em meados de dezembro e janeiro) que estão na fase de produção. “A umidade é boa para o milho porque melhora o enchimento das espigas, e para a soja que poderá segurar mais o grão garantindo uma produtividade maior”, acrescenta. No caso do milho, na avaliação do secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Adilo Schuck, a recuperação deverá ser rápida se as lavouras não apresentarem perdas significativas.
Os prejuízos decorrentes da estiagem ainda não foram calculados. Os números oficiais só poderão ser divulgados depois da colheita. Em algumas plantações de milho, no entanto, sabe-se que os estragos são expressivos. Isto se explica, por exemplo, pelo fato de o governo do Estado já ter concedido desconto de 30% no pagamento das sementes do sistema Troca-Troca para agricultores de municípios que decretarem situação de emergência.
Até a semana passada pelo menos 97 cidades gaúchas estavam nesta condição.
Entre os produtores de Candelária que terão quebra significativa de produção estão Luís Cláudio Müller, 54 anos, e Normindo Nauderer, 44, da Linha do Rio. Juntos, eles cultivaram 66 quilos de milho, numa área de quatro hectares, nesta safra. “O que foi plantado no tarde, por volta de janeiro, não vingou; deu problema na fase de germinação”, explica Nauderer. “Cerca de 70% está perdido e não se recupera mais”, completa. Pelo menos 40 quilos - maior parte da produção - foram semeados nesta época. Na safra anterior os dois colheram, em média, 300 sacos de milho. “Neste ano não deve passar de 120 quilos por tudo”, asseguram. A previsão dos agricultores é de que o restante da plantação tardia se desenvolva se não houver incidência de geada. “Se a temperatura se mantiver estável pode haver melhora, mas do contrário o milho servirá só para a cilagem”, afirmam.
O que foi plantado alguns meses antes, por volta de outubro e novembro, deve ser colhido a partir de junho. Nestas lavouras a produtividade é tida como excelente visto que as condições climáticas foram favoráveis. Na segunda-feira, 20, quando a reportagem da Folha esteve na Linha do Rio, os agricultores já antecipavam o processo de secagem das espigas. Pouco antes de conceder a entrevista, Müller e Nauderer tinham começado a dobrar os primeiros pés de milho para garantir o enxugamento dos grãos. Naquela região, o volume de chuvas ficou em torno dos 13 milímetros.
SERRA - Os prejuízos com a estiagem não são verificados com a mesma intensidade em todas as regiões. Em Candelária, por exemplo, de acordo com o secretário do STR, Adilo Schuck, as lavouras da região serrana, como Vila União, Três Pinheiros, Picada Karnopp, Alto da Légua, Arroio Lindo e Roncador, tiveram prejuízos menores. “A região da serra está com a produção mais desenvolvida porque a chuva anterior, ocorrida no começo de abril, foi de 25 milímetros enquanto que na cidade (região baixa) foi de apenas dois. Foi isto que favoreceu aquelas plantações”, explica. Na precipitação do último domingo o volume de chuvas no Arroio Lindo e no Roncador ficou em torno de 15 milímetros.
PREVISÃO - De acordo com informações disponibilizadas no site climatempo.com.br, não há previsão de chuvas para os próximos dias. Pelo menos até o dia 2 de maio a tendência é de que o tempo se mantenha seco e com sol. Para amanhã e domingo igualmente as temperaturas deverão se manter entre os 17 e os 28 graus. Embora haja aumento da nebulosidade, não chove.