Por:
Violncia
Meu nome é Sandra Cristina Mohr Ludwig, sou candelariense, porém resido há 12 anos em Curitiba, no Paraná. Nunca perdi o contato com Candelária, vou a cada dois meses à cidade para visitar amigos e minha família, pois meus pais e meu irmão moram em Candelária. Acompanho o crescimento e expansão do município que tanto me orgulha. Peço a colaboração para que publiquem este meu e-mail de indignação, pois acredito que um jornal, enquanto veículo de comunicação é a melhor ferramenta de expressão da população de uma cidade. Meu estado é de total indignação com o que vem ocorrendo em nossa cidade, cidade esta feita do suor do trabalho da gente de bem, que luta para manter as tradições e fazer com o que seu município seja sempre motivo de orgulho. Estive no final de semana do dia 18 de abril até o feriado na casa de meus pais e fiquei literalmente aterrorizada com o crescimento da violência no município. Sempre acompanhei o aumento de pequenos furtos e até um caso de assalto a banco em Candelária, o que é relativamente normal, pois quando as cidades crescem os índices de furtos aumentam. Acredito que agora chegamos a um nível não tolerado para uma cidade do tamanho de Candelária e se tratando do tipo de população que tem: pessoas de bem, normalmente oriunda de famílias que há muitos anos já residem aí.
No sábado, na rua General Osório, onde meus pais – Valdomiro e Nilza Mohr – residem, uma vizinha teve furtadas cadeiras que estavam dentro do seu terreno, que é todo fechado com grades e portão. Quando indaguei sobre este furto, ela lamentou mexendo a cabeça e me disse: – “São as drogas; o crack está mudando a cidade. Agora tudo pode ser roubado para trocar pela droga. Não podemos mais deixar nada fora de casa!”.
No domingo, uma pessoa tentou entrar na casa do meu irmão, que mora quase enfrente ao Piscina Tênis Clube. Graças à empresa de segurança que meu irmão contratou e ao alarme que foi colocado na casa, nada aconteceu. Eu acho o cúmulo uma pessoa ter de contratar uma empresa de segurança e colocar alarme em uma casa em Candelária, uma cidade onde as pessoas tem de trabalhar muito para ter o seu sustento, tendo em vista que o número de grandes empresas e indústrias é bastante reduzido. Para se ter uma idéia, eu moro em um bairro próximo ao centro de Curitiba, em uma casa, e não tenho alarme, muito menos empresa de segurança e nunca houve um furto sequer! Tendo em vista o tamanho de Curitiba e os vários problemas de criminalidades que uma capital sempre tem, este é um bom comparativo para mostrar a minha indignação.
No domingo à noite uma loja foi assaltada no centro de Candelária e os bandidos foram soltos, pois eram menores de idade. Na segunda-feira, novamente entraram no pátio da casa do meu irmão (que tem grades e portão com cadeado) e roubaram as roupas do varal. Na terça-feira, entraram novamente na casa dele e furtaram uma gaiola com uma caturrita. Quando perguntei ao meu irmão o que estava acontecendo, ele me relatou que praticamente, senão todas as casa nas proximidades do Piscina Tênis Clube já foram roubadas e assaltadas, pois os ladrões roubam qualquer coisa para trocar por crack. Depois fiquei sabendo que há alguns dias o restaurante Germânia foi assaltado com clientes dentro do estabelecimento.
Resta-me perguntar: vamos esperar até o que acontecer? Vamos esperar até quando? Será necessário um tiro à queima-roupa em algum cidadão de bem para alguém frear esta situação. Será que vamos esperar alguma família ser morta dentro de sua própria casa para alguém se manifestar e fazer algo a respeito?
Convoco a todos os candelarienses, pessoas de bem, que se orgulham desta terra, que sempre educaram seus filhos com bons exemplos – onde roubar é coisa de bandido e bandido deve ficar preso – a se manifestarem, a irem até a prefeitura, à delegacia de polícia e Câmara dos Vereadores, cobrar de nossos administradores e gestores da ordem pública uma ação para parar de uma vez por todas com o que vem ocorrendo em nossa cidade.
Eu sempre tive o objetivo de daqui a algum tempo retornar à minha cidade para viver com meu marido, quem sabe criar meus futuros filhos em uma cidade tranquila, de qualidade de vida e de gente de bem... agora repenso se este lugar é Candelária; pois no último final de semana senti vergonha de ser candelariense.
Eu sei que o problema de segurança é uma questão social, que preocupa as pessoas em âmbito nacional, porém se não fizermos nada, se a população continuar a apenas assistir o que está acontecendo, provavelmente apareceremos ainda mais na Zero Hora e no Jornal Nacional, mas não por nossas belezas, ou por nossa gente, mas sim como em cidades do nordeste brasileiro, onde os índices de criminalidade atingiram níveis irreversíveis e onde os jovens ao invés de estudar ou trabalhar, apenas se conformam em consumir drogas e se prostituir.
Sandra Mohr Ludwig
No sábado, na rua General Osório, onde meus pais – Valdomiro e Nilza Mohr – residem, uma vizinha teve furtadas cadeiras que estavam dentro do seu terreno, que é todo fechado com grades e portão. Quando indaguei sobre este furto, ela lamentou mexendo a cabeça e me disse: – “São as drogas; o crack está mudando a cidade. Agora tudo pode ser roubado para trocar pela droga. Não podemos mais deixar nada fora de casa!”.
No domingo, uma pessoa tentou entrar na casa do meu irmão, que mora quase enfrente ao Piscina Tênis Clube. Graças à empresa de segurança que meu irmão contratou e ao alarme que foi colocado na casa, nada aconteceu. Eu acho o cúmulo uma pessoa ter de contratar uma empresa de segurança e colocar alarme em uma casa em Candelária, uma cidade onde as pessoas tem de trabalhar muito para ter o seu sustento, tendo em vista que o número de grandes empresas e indústrias é bastante reduzido. Para se ter uma idéia, eu moro em um bairro próximo ao centro de Curitiba, em uma casa, e não tenho alarme, muito menos empresa de segurança e nunca houve um furto sequer! Tendo em vista o tamanho de Curitiba e os vários problemas de criminalidades que uma capital sempre tem, este é um bom comparativo para mostrar a minha indignação.
No domingo à noite uma loja foi assaltada no centro de Candelária e os bandidos foram soltos, pois eram menores de idade. Na segunda-feira, novamente entraram no pátio da casa do meu irmão (que tem grades e portão com cadeado) e roubaram as roupas do varal. Na terça-feira, entraram novamente na casa dele e furtaram uma gaiola com uma caturrita. Quando perguntei ao meu irmão o que estava acontecendo, ele me relatou que praticamente, senão todas as casa nas proximidades do Piscina Tênis Clube já foram roubadas e assaltadas, pois os ladrões roubam qualquer coisa para trocar por crack. Depois fiquei sabendo que há alguns dias o restaurante Germânia foi assaltado com clientes dentro do estabelecimento.
Resta-me perguntar: vamos esperar até o que acontecer? Vamos esperar até quando? Será necessário um tiro à queima-roupa em algum cidadão de bem para alguém frear esta situação. Será que vamos esperar alguma família ser morta dentro de sua própria casa para alguém se manifestar e fazer algo a respeito?
Convoco a todos os candelarienses, pessoas de bem, que se orgulham desta terra, que sempre educaram seus filhos com bons exemplos – onde roubar é coisa de bandido e bandido deve ficar preso – a se manifestarem, a irem até a prefeitura, à delegacia de polícia e Câmara dos Vereadores, cobrar de nossos administradores e gestores da ordem pública uma ação para parar de uma vez por todas com o que vem ocorrendo em nossa cidade.
Eu sempre tive o objetivo de daqui a algum tempo retornar à minha cidade para viver com meu marido, quem sabe criar meus futuros filhos em uma cidade tranquila, de qualidade de vida e de gente de bem... agora repenso se este lugar é Candelária; pois no último final de semana senti vergonha de ser candelariense.
Eu sei que o problema de segurança é uma questão social, que preocupa as pessoas em âmbito nacional, porém se não fizermos nada, se a população continuar a apenas assistir o que está acontecendo, provavelmente apareceremos ainda mais na Zero Hora e no Jornal Nacional, mas não por nossas belezas, ou por nossa gente, mas sim como em cidades do nordeste brasileiro, onde os índices de criminalidade atingiram níveis irreversíveis e onde os jovens ao invés de estudar ou trabalhar, apenas se conformam em consumir drogas e se prostituir.
Sandra Mohr Ludwig