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Experi?ncia no Haiti
Viver em um país distante, longe da família e dos amigos, trabalhando em favor de uma população que está em Guerra Civil. Essa é a missão dos Militares Brasileiros que se encontram no Haiti em missão de paz.
Um destes militares é o cabraisense Rangel Bredow, que se encontra naquele país desde 19 de dezembro, servindo como soldado pelo 3º Batalhão de Engenharia e Combate Batalhão “Conrado Bitencurt”. Segundo ele, o principal objetivo das tropas que constituem o Quarto Contingente da Cia Engenharia do Brasil é pacificar o país. A função da engenharia é apoiar a infantaria, cavalaria, fuzileiros navais e, também, prestar ajuda levando água e asfaltando outras bases militares como da Bolívia, Nepal, Filipinas, entre outros.
“As primeiras ações dos nossos militares no país foram a operação ‘tapa buracos’ nas ruas do Haiti e limpeza de ruas recolhendo o lixo de uma das favelas mais perigosas do país, apoiando a Infantaria de Setê Solei”, destacou. “Também já foram realizadas a perfuração de quatro poços artesianos, e agora estão em forte ritmo para mudar de base, pois estão aquartelados na área de uma universidade do Haiti, e é preciso desocupar o local deixando-o em condições para que o próximo contingente a chegar possa se instalar com o necessário para poder viver com o mínimo de conforto”, complementou.
Segundo Rangel Bredow, apesar da companhia ser composta basicamente por militares de Pindamonhangaba (São Paulo), Lages (Santa Catarina) e do 3º Batalhão de Engenharia e Combate Batalhão Conrado Bitencurt (Rio Grande do Sul), a convivência é muito boa. Porém, destaca que a saudade bate sempre à porta. “Já são mais de três meses longe do Brasil, a volta está prevista para junho deste ano e a cada dia a ansiedade para voltar e saudade da família aumentam”, disse. “Sem dúvida é uma experiência importantíssima, onde se convive com uma nova cultura e se conquistam novos amigos de outros estados do Brasil e até mesmo do próprio Haiti, porém o contato com a população no país é bastante restrito aos militares por questão de segurança”, concluiu Bredow.