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Entre a poeira e o barro
“Até quando vamos ficar comendo poeira ou atolados no barro vermelho?”. É assim que um dos moradores do Pinheiro resume a situação em que a comunidade vive em função da precariedade da RS 410, especialmente no trecho entre a localidade e a RS 403, que liga Cachoeira a Rio Pardo. Há muitos anos, o governo promete asfaltar o restante do trecho, iniciado em meados da década de 90, mas que por falta de verbas, caiu no esquecimento. Com isso, moradores e motoristas que circulam pela via todos os dias vivem num verdadeiro caos.
As reclamações vão além do não-asfaltamento da rodovia. Desde o início do escoamento da safra de grãos os moradores do Pinheiro sofrem outro problema crônico e que, devido à falta de chuvas, se agravou ainda mais neste ano. A poeira. O aposentado Rosseli de Carvalho, mais conhecido por Rubem, de 58 anos, conta que desde que voltou a residir na localidade, há sete anos, convive com o problema da poeira diariamente em sua casa. “Todo ano acontece esse problema na safra, mas com a estiagem, a coisa piorou”, disse. Ele diz que com o aumento do tráfego na rodovia e com o vento soprando de leste a oeste, a sua residência, que fica ao lado direito no sentido Pinheiro/Capão do Valo, fica sempre fechada, devido à intensidade como se forma a poeira. “Não há quem agüente essa situação. Nem um chimarrão no final da tarde se pode tomar na frente da casa”, afirma.
COMERCIANTES – Os proprietários de estabelecimentos comerciais da região também não suportam mais a situação. O casal Sebastião e Erci Borba França, proprietários do Bar do Bastião, sofrem com a poeira no estabelecimento. Segundo Erci, maioria dos produtos que estavam expostos nas prateleiras tiveram que ser encaixotados devido ao acúmulo de poeira. A intensidade é tão forte, que invade até os movéis e eletrodomésticos na residência do casal, localizada junto ao bar. Já as roupas do varal tiveram que ser colocadas nos fundos da casa para não ficarem “marrom” de poeira. “À noite, com a calma do vento, a maioria do pessoal se sente sufocado com o grande volume de poeira”, frisa Erci. Já Sebastião demonstra a sua insatisfação com o problema. “Acho um absurdo a estrada estar nesta situação. Se não é a poeira, quando chove, a rodovia fica intransitável devido ao barro vermelho. As pessoas daqui já não agüentam mais conviver com esses problemas diariamente”, salienta.
PERIGO - Outro comerciante, proprietário do Mercado Cavalhada, em Rincão da Lagoa, Derli Silva, também sofre com o problema no estabelecimento. O comerciante explica que de hora em hora precisa limpar as prateleiras e mercadorias expostas para retirar a sujeira. Sobre o asfaltamento, Silva ainda mantém esperanças de que um dia o serviço seja concluído naquela região. “O asfalto é uma necessidade urgente, pois com essa poeira, principalmente à noite, se forma uma neblina e não se enxerga nada. Está perigoso de dirigir aqui”, disse. Quem compartilha com a opinião de Silva sobre os perigos da poeira na 410 é o caminhoneiro Marlo Fabrício Hintz, que desde abril está no trecho entre Pinheiro/Cachoeira carregando cargas de soja para a Fábrica de Biodiesel da Granol. Hintz afirma que durante o dia e a noite o movimento na rodovia é constante e com o acúmulo de poeira, se torna difícil de transitar. “Essa estrada é complicada e perigosa. Às vezes a poeira é tão forte, que tu não enxerga nada na frente”, diz. O motorista lembra ainda que quando chove, a estrada se torna um sabão, difícil para trafegar. “Se chove, o caminhão não para na estrada, fica impossível de guiar”, completa. Para Hintz, este asfalto já poderia existir, favorecendo o crescimento econômico da região. “Acredito que a obra vai beneficiar todos aqui, trazendo prosperidade para a comunidade”, encerra.
Granol apóia os moradores
A filial da Granol, localizada no Pinheiro, está apoiando os moradores da comunidade para o asfaltamento da RS 410. Segundo o auxiliar administrativo André dos Santos, a empresa e a Cotriel, com o apoio das lideranças locais e regionais, enviaram documento junto com um abaixo-assinado, através do deputado Adolfo Brito, para o governo do Estado, reivindicando a conclusão rodovia, da RS 403 (Rio-Pardo/Cachoeira) e a recuperação da RS 400, que liga a região centro-serra a Candelária. Santos disse ainda que a Granol recebe soja de toda a região do campo, centro-serra e planalto, que é transportada até a fábrica de óleo e biodiesel da empresa, em Cachoeira. “Estas vias asfaltadas irão facilitar o escoamento da safra, gerando progresso e desenvolvimento econômico para todos os municípios da região central do estado”.
Deputado Brito continua na luta
Na tarde de ontem, a reportagem da Folha entrou em contato com a assessoria do depuado estadual Adolfo Brito para falar sobre o assunto. Segundo o assessor Clairton Grehs, Brito estava em Soledade mas informou que segue tratando do assunto, e informou que o início da obras na RS 410, RS 403 e a recuperação da RS 400 já estão incluídas no orçamento deste ano. O deputado disse ainda que está aguardando a definição de uma data, ainda para o mês de maio, para uma visita da governadora Yeda Crusius à Candelária para assinar a ordem de início das obras na 410 e na 403.
As reclamações vão além do não-asfaltamento da rodovia. Desde o início do escoamento da safra de grãos os moradores do Pinheiro sofrem outro problema crônico e que, devido à falta de chuvas, se agravou ainda mais neste ano. A poeira. O aposentado Rosseli de Carvalho, mais conhecido por Rubem, de 58 anos, conta que desde que voltou a residir na localidade, há sete anos, convive com o problema da poeira diariamente em sua casa. “Todo ano acontece esse problema na safra, mas com a estiagem, a coisa piorou”, disse. Ele diz que com o aumento do tráfego na rodovia e com o vento soprando de leste a oeste, a sua residência, que fica ao lado direito no sentido Pinheiro/Capão do Valo, fica sempre fechada, devido à intensidade como se forma a poeira. “Não há quem agüente essa situação. Nem um chimarrão no final da tarde se pode tomar na frente da casa”, afirma.
COMERCIANTES – Os proprietários de estabelecimentos comerciais da região também não suportam mais a situação. O casal Sebastião e Erci Borba França, proprietários do Bar do Bastião, sofrem com a poeira no estabelecimento. Segundo Erci, maioria dos produtos que estavam expostos nas prateleiras tiveram que ser encaixotados devido ao acúmulo de poeira. A intensidade é tão forte, que invade até os movéis e eletrodomésticos na residência do casal, localizada junto ao bar. Já as roupas do varal tiveram que ser colocadas nos fundos da casa para não ficarem “marrom” de poeira. “À noite, com a calma do vento, a maioria do pessoal se sente sufocado com o grande volume de poeira”, frisa Erci. Já Sebastião demonstra a sua insatisfação com o problema. “Acho um absurdo a estrada estar nesta situação. Se não é a poeira, quando chove, a rodovia fica intransitável devido ao barro vermelho. As pessoas daqui já não agüentam mais conviver com esses problemas diariamente”, salienta.
PERIGO - Outro comerciante, proprietário do Mercado Cavalhada, em Rincão da Lagoa, Derli Silva, também sofre com o problema no estabelecimento. O comerciante explica que de hora em hora precisa limpar as prateleiras e mercadorias expostas para retirar a sujeira. Sobre o asfaltamento, Silva ainda mantém esperanças de que um dia o serviço seja concluído naquela região. “O asfalto é uma necessidade urgente, pois com essa poeira, principalmente à noite, se forma uma neblina e não se enxerga nada. Está perigoso de dirigir aqui”, disse. Quem compartilha com a opinião de Silva sobre os perigos da poeira na 410 é o caminhoneiro Marlo Fabrício Hintz, que desde abril está no trecho entre Pinheiro/Cachoeira carregando cargas de soja para a Fábrica de Biodiesel da Granol. Hintz afirma que durante o dia e a noite o movimento na rodovia é constante e com o acúmulo de poeira, se torna difícil de transitar. “Essa estrada é complicada e perigosa. Às vezes a poeira é tão forte, que tu não enxerga nada na frente”, diz. O motorista lembra ainda que quando chove, a estrada se torna um sabão, difícil para trafegar. “Se chove, o caminhão não para na estrada, fica impossível de guiar”, completa. Para Hintz, este asfalto já poderia existir, favorecendo o crescimento econômico da região. “Acredito que a obra vai beneficiar todos aqui, trazendo prosperidade para a comunidade”, encerra.
Granol apóia os moradores
A filial da Granol, localizada no Pinheiro, está apoiando os moradores da comunidade para o asfaltamento da RS 410. Segundo o auxiliar administrativo André dos Santos, a empresa e a Cotriel, com o apoio das lideranças locais e regionais, enviaram documento junto com um abaixo-assinado, através do deputado Adolfo Brito, para o governo do Estado, reivindicando a conclusão rodovia, da RS 403 (Rio-Pardo/Cachoeira) e a recuperação da RS 400, que liga a região centro-serra a Candelária. Santos disse ainda que a Granol recebe soja de toda a região do campo, centro-serra e planalto, que é transportada até a fábrica de óleo e biodiesel da empresa, em Cachoeira. “Estas vias asfaltadas irão facilitar o escoamento da safra, gerando progresso e desenvolvimento econômico para todos os municípios da região central do estado”.
Deputado Brito continua na luta
Na tarde de ontem, a reportagem da Folha entrou em contato com a assessoria do depuado estadual Adolfo Brito para falar sobre o assunto. Segundo o assessor Clairton Grehs, Brito estava em Soledade mas informou que segue tratando do assunto, e informou que o início da obras na RS 410, RS 403 e a recuperação da RS 400 já estão incluídas no orçamento deste ano. O deputado disse ainda que está aguardando a definição de uma data, ainda para o mês de maio, para uma visita da governadora Yeda Crusius à Candelária para assinar a ordem de início das obras na 410 e na 403.