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Coelhos: plantel variado, mas baixa produo
A série “Riquezas da Nossa Terra” mostra hoje, 19, mais uma alternativa de renda e de diversificação. Trata-se da cunicultura (criação de coelhos), que em Candelária tem poucos adeptos em escala comercial. Isto porque maioria dos produtores utiliza os animais exclusivamente para diferenciar o plantel de pequenos bichos nas propriedades. Ao contrário de outras atividades, esta não se evidencia apenas no interior. Na cidade também há criadores zelosos, que cuidam com extrema dedicação da espécie apostando, inclusive, no desenvolvimento de várias raças.
Na edição anterior, a Folha apresentou os tipos de aves criadas no município. O leitor conferiu que o tradicional frango branco, específico para o corte, que até alguns anos tinha procura expressiva em função de seu rápido desenvolvimento, aos poucos tem cedido espaço para as aves de linhagem francesa. Os técnicos explicam que isto se deu pelo fato de os consumidores buscarem frangos com crescimento mais lento e que também consumissem os alimentos existentes na lavoura (aipim, abóbora, milho, entre outros). Também foi relatado o exemplo de um criador de mini galinhas de raças pouco conhecidas. As aves, um tanto “exóticas”, são mantidas numa propriedade da Linha Boa Vista e fazem parte de uma criação ornamental. Outro aspecto evidenciado foi a utilização dos marrecos-de-Pequim nas lavouras de arroz do município. A prática começou a ser incentivada pela Emater como forma de acelerar a limpeza das áreas destinadas ao cultivo do grão. Embora facilitasse o trabalho dos orizicultores, o uso destas aves perdeu forças devido às dificuldades de obter os filhotes com o estado vizinho de Santa Catarina.
Em Candelária, não há informações oficiais sobre cunicultura. A exemplo do que se verifica no país, o consumo de carne é muito irregular - o que se explica pela reduzida produção e pela falta de organização do setor. O número exato de criadores também é desconhecido porque a atividade não tem cunho comercial evidente. O que se percebe é o interesse de manter estes animais para diferenciar as variedades nas propriedades para consumo próprio ou mesmo por hobby. Um dos candelarienses que gosta de coelhos e se dedica à atividade é Paulo Luiz Gregory, mais conhecido por “Paulo bolacha”. Ele é o típico criador que se entusiasma com as peculiaridades destes bichos. Orgulhoso, ele contou à reportagem da Folha que já teve até 200 coelhos na sua propriedade.
O gosto pelos animais e a vontade de mostrá-los ao público surgiu em 2002, durante a primeira edição da Expocande. Foi nesta época que ele começou a expor. “Na última Expocande (em 2006) eu tinha 22 estandes e mostrei todos os animais que mantenho na propriedade”, disse ao revelar que cria não só os coelhos, mas também codornas, garnisés, marrecos, patos e gansos. Ele adianta que o segredo para manter estas criações está no gosto pelos animais. “Tem que ter amor pelo que se faz; do contrário não se leva adiante”, conclui. “Também não adianta pegar como negócio porque tudo acarreta em custos e o abate precisa ser feito em local apropriado”, avalia.
RAÇAS - A propriedade de Gregory fica próximo ao trevo de acesso à cidade, na RSC 287, e reúne inúmeras raças de coelhos que foram obtidas com criadores de Esteio (expositores da Expointer). Atualmente, ele possui o Nova Zelândia (branco, preto e cinza); Nova Zelândia Borboleta; Nova Zelândia Angorá; Nova Zelândia Califórnia; Rex Fogo (preto com amarelo); Rex Branco; Rex Dálmata; Rex Cenoura e o Leãozinho (branco). Segundo ele, a maioria destas raças dá poucos filhotes e exige cuidado especial. “É mais difícil de criar no verão porque a circulação de ar entre as gaiolas deve ser constante. Também é preciso de bastante sombra e a iluminação tem que ser adequada”, explica. “Paulo bolacha” adianta que tem planos de comprar mais duas raças este ano - o mini coelho holandês e o gigante branco alemão.
ALIMENTAÇÃO - Os coelhos de Gregory são mantidos com água (três vezes ao dia), 100 gramas de ração pela manhã e outras 100 gramas à tarde e à noite, complementadas com pasto verde - repolho, folhas de cenoura e beterraba. De acordo com ele, a salsa também é um excelente complemento, desde que os animais a consumam no próprio pé. “No pé não faz mal, mas se for colhida e murchar, pode até matar os coelhos”, alerta.
Curiosidades
Por ser um criador experiente, Gregory destaca informações importantes e que aprendeu ao longo destes anos. Por exemplo: a fêmea leva 27 dias para ter os filhotes. “Para saber se está perto dos animais nascerem basta observar o 25º dia, que é quando a coelha para de comer e começa a levar a comida para o ninho; os papéis que são colocados na gaiola também são levados para o ninho como forma de preparar o ambiente para a chegada dos filhotinhos”, diz. Outra dica: as fêmeas entram no cio de quatro em quatro dias.
Uma das curiosidades que chamam atenção é específica aos coelhos da raça Nova Zelândia. “Quando os filhotes nascem, eles tiram todos os pêlos da barriga para colocar no ninho. Além de esquentar os coelhinhos, também evita que o local fique molhado pela urina e, assim, combate a contaminação”, assegura.
Na edição anterior, a Folha apresentou os tipos de aves criadas no município. O leitor conferiu que o tradicional frango branco, específico para o corte, que até alguns anos tinha procura expressiva em função de seu rápido desenvolvimento, aos poucos tem cedido espaço para as aves de linhagem francesa. Os técnicos explicam que isto se deu pelo fato de os consumidores buscarem frangos com crescimento mais lento e que também consumissem os alimentos existentes na lavoura (aipim, abóbora, milho, entre outros). Também foi relatado o exemplo de um criador de mini galinhas de raças pouco conhecidas. As aves, um tanto “exóticas”, são mantidas numa propriedade da Linha Boa Vista e fazem parte de uma criação ornamental. Outro aspecto evidenciado foi a utilização dos marrecos-de-Pequim nas lavouras de arroz do município. A prática começou a ser incentivada pela Emater como forma de acelerar a limpeza das áreas destinadas ao cultivo do grão. Embora facilitasse o trabalho dos orizicultores, o uso destas aves perdeu forças devido às dificuldades de obter os filhotes com o estado vizinho de Santa Catarina.
Em Candelária, não há informações oficiais sobre cunicultura. A exemplo do que se verifica no país, o consumo de carne é muito irregular - o que se explica pela reduzida produção e pela falta de organização do setor. O número exato de criadores também é desconhecido porque a atividade não tem cunho comercial evidente. O que se percebe é o interesse de manter estes animais para diferenciar as variedades nas propriedades para consumo próprio ou mesmo por hobby. Um dos candelarienses que gosta de coelhos e se dedica à atividade é Paulo Luiz Gregory, mais conhecido por “Paulo bolacha”. Ele é o típico criador que se entusiasma com as peculiaridades destes bichos. Orgulhoso, ele contou à reportagem da Folha que já teve até 200 coelhos na sua propriedade.
O gosto pelos animais e a vontade de mostrá-los ao público surgiu em 2002, durante a primeira edição da Expocande. Foi nesta época que ele começou a expor. “Na última Expocande (em 2006) eu tinha 22 estandes e mostrei todos os animais que mantenho na propriedade”, disse ao revelar que cria não só os coelhos, mas também codornas, garnisés, marrecos, patos e gansos. Ele adianta que o segredo para manter estas criações está no gosto pelos animais. “Tem que ter amor pelo que se faz; do contrário não se leva adiante”, conclui. “Também não adianta pegar como negócio porque tudo acarreta em custos e o abate precisa ser feito em local apropriado”, avalia.
RAÇAS - A propriedade de Gregory fica próximo ao trevo de acesso à cidade, na RSC 287, e reúne inúmeras raças de coelhos que foram obtidas com criadores de Esteio (expositores da Expointer). Atualmente, ele possui o Nova Zelândia (branco, preto e cinza); Nova Zelândia Borboleta; Nova Zelândia Angorá; Nova Zelândia Califórnia; Rex Fogo (preto com amarelo); Rex Branco; Rex Dálmata; Rex Cenoura e o Leãozinho (branco). Segundo ele, a maioria destas raças dá poucos filhotes e exige cuidado especial. “É mais difícil de criar no verão porque a circulação de ar entre as gaiolas deve ser constante. Também é preciso de bastante sombra e a iluminação tem que ser adequada”, explica. “Paulo bolacha” adianta que tem planos de comprar mais duas raças este ano - o mini coelho holandês e o gigante branco alemão.
ALIMENTAÇÃO - Os coelhos de Gregory são mantidos com água (três vezes ao dia), 100 gramas de ração pela manhã e outras 100 gramas à tarde e à noite, complementadas com pasto verde - repolho, folhas de cenoura e beterraba. De acordo com ele, a salsa também é um excelente complemento, desde que os animais a consumam no próprio pé. “No pé não faz mal, mas se for colhida e murchar, pode até matar os coelhos”, alerta.
Curiosidades
Por ser um criador experiente, Gregory destaca informações importantes e que aprendeu ao longo destes anos. Por exemplo: a fêmea leva 27 dias para ter os filhotes. “Para saber se está perto dos animais nascerem basta observar o 25º dia, que é quando a coelha para de comer e começa a levar a comida para o ninho; os papéis que são colocados na gaiola também são levados para o ninho como forma de preparar o ambiente para a chegada dos filhotinhos”, diz. Outra dica: as fêmeas entram no cio de quatro em quatro dias.
Uma das curiosidades que chamam atenção é específica aos coelhos da raça Nova Zelândia. “Quando os filhotes nascem, eles tiram todos os pêlos da barriga para colocar no ninho. Além de esquentar os coelhinhos, também evita que o local fique molhado pela urina e, assim, combate a contaminação”, assegura.