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25/08/2009 16:56
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Comit Antidrogas ser formatado em junho

Na edição do dia 20 de março a Folha publicou matéria sobre os pedidos que a Justiça recebe para internar de forma compulsória os dependentes de crack do município. A reportagem intitulada como “drogas, a principal mazela da cidade” mostrou que toda semana o Poder Judiciário recebe, em média, três ou quatro novas solicitações. Esta estatística foi o que motivou o juiz Celso Fagundes a criar um Comitê Antidrogas.
O assunto será debatido em reunião no dia 26 de junho, às 14h, no Fórum. Participarão do encontro o prefeito Lauro Mainardi; o presidente da Câmara, Ovídio da Silveira; o promotor Elemar Gräbner; a defensora pública Beatriz Jacobi Bürger; o comandante da Brigada Militar, capitão Rodrigo Sartori; e o delegado Eron Marques de Lemos. Conforme o juiz, neste dia será formado um grupo de trabalho para coordenar as práticas de prevenção e repressão ao tráfico de entorpecentes em Candelária. “É preciso expor o interesse e, a partir daí, promover reuniões para definir as medidas que serão adotadas pelas entidades participantes”, explica. Através do Comitê também será possível mobilizar a comunidade a enfrentar as causas que levam ao consumo de drogas, estabelecer medidas para dar visibilidade às práticas adotadas e trocar experiências com instituições públicas e privadas que já trabalham na prevenção das drogas.
Na prática será criada uma rede para a troca de informações e que permita a prática de ações que auxiliem no combate ao uso e ao tráfico de drogas no município. Com isso, todos os órgãos que trabalham para inibir o consumo e a venda de entorpecentes poderão se unir e estabelecer estratégias que intensifiquem a fiscalização e o combate às drogas.

PERFIL - Em Candelária, de acordo com o juiz Celso Fagundes, as internações pelo uso de crack envolvem pessoas de várias idades, principalmente na faixa de 18 a 25 anos, e que já oferecem risco à população. Este é o perfil da maioria dos usuários e traficantes encaminhados para tratamento em hospitais e clínicas de Porto Alegre e Pelotas. Alguns, no entanto, são atendidos na Unidade de Recuperação de Dependência Química do Hospital Candelária.