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A evoluo do namoro
O Dia dos Namorados se aproxima e, oportunamente, recebi nesta semana um e-mail que trata sobre o trinômio chegar/tomar conta/abusar, típico de início, meio e fim de namoro. São fases distintas, que se revelam com o passar do tempo e que descobertam por vezes o verdadeiro caráter do sujeito (sim, sempre eles). Ajustei de acordo com experiências vividas por amigos meus, fiz algumas adaptações e reparto com os diletos leitores para ver se alguém se encaixa ou já se encaixou em alguma destas condições.
No início do namoro, tudo são flores, ele chama ela de minha gatinha, meu coelhinho, meu ursinho, etcétera, estes bichinhos pequenos e fofinhos. Quando vai pela primeira vez à casa dos sogros para conhecê-los, não quer nem sentar, não toma café, tudo está ótimo, sempre diz "por favor" e "muito obrigado". Está sempre barbeado e cheiroso, a camisa para dentro das calças e os sapatos são um brilho só. Quando precisa ir ao banheiro, senta no vaso para não fazer barulho na aguinha, e se cair algum pingo na tampa quando se levanta, pega papel higiênico e seca.
Surgem frases apaixonadas:
– Não acredito que tenhamos nos encontrado.
– Você me deixa sem fôlego.
– É como se fosse um sonho.
– Adoro estar a seu lado.
– O que eu faria sem você?
Em dois meses já senta, um pouco à vontade, toma café, mas não come bolo, faz amizade com o cachorro e tudo continua ótimo. No terceiro mês, já almoça na casa da namorada, toma cerveja com o sogro, abre a geladeira sozinho e levanta a tampa da panela para ver o que a sogra está cozinhando. Diz que a comida da sogra é muito melhor do que a da sua mãe e come a sambiqueira de galinha para deixar os pedaços maiores para o cunhado mais novo.
Lá pelo quarto mês a confiança é tanta que já põe o pé na mesa de centro da sala, vai ao banheiro mijar em pé, arrota na frente da namorada e dá palpites sobre o que a sogra deveria cozinhar. É um dos primeiros à sentar-se à mesa, se serve sozinho na hora das refeições, limpa a boca na toalha da mesa e depois namora escandalosamente no sofá da sala, deixando o sogro de cabelos em pé. Não almoça nem janta mais na sua casa e pede o carro emprestado para o sogro.
A coisa evolui tanto que, no sétimo mês, dorme com a namorada nos finais de semana, arruma briga com a sogra que não fez a cuca do seu agrado, faz xixi com a porta do banheiro aberta e o jato é um verdadeiro chafariz, que molha o papel higiênico e as plantinhas do banheiro. Secar? Nem pensar. A namorada ou a cunhada tem mais tempo (e obrigação) de fazer isso. O quarto de sua casa tem teias de aranha, meias e sapatos empoeirados, porque passa mais tempo na casa do sogro; trata a namorada como empregada e pede dinheiro emprestado ao sogro. O tratamento muda um pouco, os animais crescem. Ele chama ela de vaca, de galinha, e ela não deixa por menos, chamando-o de cachorro, veado...
As declarações também sofrem algumas modificações:
– Não acredito que acabei ficando contigo.
– Você me sufoca.
– Estou tendo um pesadelo.
– Vire para seu lado.
– O que eu faço com você?
Ao se aproximar o aniversário de namoro, o distinto grita com todo mundo da casa, vai para a budega falar mal da sogra e quando chega bêbado em casa espanca o cunhado mais novo e dá coices no cachorro. Enfim o relacionamento termina, pois ele não suporta mais a família dela, pois mudaram demais para o seu gosto!
No início do namoro, tudo são flores, ele chama ela de minha gatinha, meu coelhinho, meu ursinho, etcétera, estes bichinhos pequenos e fofinhos. Quando vai pela primeira vez à casa dos sogros para conhecê-los, não quer nem sentar, não toma café, tudo está ótimo, sempre diz "por favor" e "muito obrigado". Está sempre barbeado e cheiroso, a camisa para dentro das calças e os sapatos são um brilho só. Quando precisa ir ao banheiro, senta no vaso para não fazer barulho na aguinha, e se cair algum pingo na tampa quando se levanta, pega papel higiênico e seca.
Surgem frases apaixonadas:
– Não acredito que tenhamos nos encontrado.
– Você me deixa sem fôlego.
– É como se fosse um sonho.
– Adoro estar a seu lado.
– O que eu faria sem você?
Em dois meses já senta, um pouco à vontade, toma café, mas não come bolo, faz amizade com o cachorro e tudo continua ótimo. No terceiro mês, já almoça na casa da namorada, toma cerveja com o sogro, abre a geladeira sozinho e levanta a tampa da panela para ver o que a sogra está cozinhando. Diz que a comida da sogra é muito melhor do que a da sua mãe e come a sambiqueira de galinha para deixar os pedaços maiores para o cunhado mais novo.
Lá pelo quarto mês a confiança é tanta que já põe o pé na mesa de centro da sala, vai ao banheiro mijar em pé, arrota na frente da namorada e dá palpites sobre o que a sogra deveria cozinhar. É um dos primeiros à sentar-se à mesa, se serve sozinho na hora das refeições, limpa a boca na toalha da mesa e depois namora escandalosamente no sofá da sala, deixando o sogro de cabelos em pé. Não almoça nem janta mais na sua casa e pede o carro emprestado para o sogro.
A coisa evolui tanto que, no sétimo mês, dorme com a namorada nos finais de semana, arruma briga com a sogra que não fez a cuca do seu agrado, faz xixi com a porta do banheiro aberta e o jato é um verdadeiro chafariz, que molha o papel higiênico e as plantinhas do banheiro. Secar? Nem pensar. A namorada ou a cunhada tem mais tempo (e obrigação) de fazer isso. O quarto de sua casa tem teias de aranha, meias e sapatos empoeirados, porque passa mais tempo na casa do sogro; trata a namorada como empregada e pede dinheiro emprestado ao sogro. O tratamento muda um pouco, os animais crescem. Ele chama ela de vaca, de galinha, e ela não deixa por menos, chamando-o de cachorro, veado...
As declarações também sofrem algumas modificações:
– Não acredito que acabei ficando contigo.
– Você me sufoca.
– Estou tendo um pesadelo.
– Vire para seu lado.
– O que eu faço com você?
Ao se aproximar o aniversário de namoro, o distinto grita com todo mundo da casa, vai para a budega falar mal da sogra e quando chega bêbado em casa espanca o cunhado mais novo e dá coices no cachorro. Enfim o relacionamento termina, pois ele não suporta mais a família dela, pois mudaram demais para o seu gosto!