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25/08/2009 16:56
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Polcia ouve um suspeito do duplo homicdio

A Polícia Civil de Candelária continua investigando o assassinato de Paulo André Nunes, 27, o “Paulo Gordo”, e Jucimara Rudinéia Cândido, 19. Eles foram atingidos por pelo menos três tiros na noite de segunda, 15, no Bar do Jairo, localizado na esquina das ruas Presidente Médici e Tancredo Neves, no bairro Ewaldo Prass. Jucimara tomava chimarrão e segurava no colo sua filha Erica Eduarda de Moura, que ainda não completou dois anos, quando o assassino começou a atirar contra Paulo. Ela morreu inocentemente com um tiro na cabeça. O sangue da mãe manchou as roupas da criança, que, por pouco não morreu junto. O pai de Jucimara, Jairo Cândido, levou dois tiros na perna direita e, depois de socorrido no Hospital Candelária, foi removido para a Casa de Saúde de Pelotas, onde passará por cirurgia para implante de uma prótese de platina, já que os ossos foram estraçalhados pelos disparos de uma pistola calibre 380.
A principal suspeita da polícia é de que um traficante que se encontra detido no presídio de Candelária tenha mandado matar Paulo Gordo, também envolvido com o tráfico no local. A disputa pelos pontos de venda de drogas são uma preocupação para a polícia. Paulo Nunes era conhecido na DP local diante das ocorrências policiais em que figurava como autor de um homicídio, assalto, receptação, lesões corporais e ameaças e, por último, tinha se dedicado ao tráfico. Extraoficialmente, o assassino teria ligação direta com o traficante preso e apenas cumpria ordens para manter seu ponto até sair da cadeia. O delegado Eron Marques de Lemos não tem dúvidas de que pelo menos três crimes registrados nos últimos anos estão relacionados ao tráfico. Porém, como no bairro impera a lei do silêncio, o trabalho da polícia fica prejudicado. “Ninguem viu, ninguém sabe, ninguém foi”, diz ele, principalmente quando o assunto diz respeito à ação de traficantes.
Embora haja dificuldades para obter informações sobre o caso, já que maioria das testemunhas teme represálias, a polícia tem o nome de dois suspeitos. O primeiro deles foi ouvido ainda na terça, 16, um dia depois do duplo assassinato. Segundo o delegado, o homem, morador da cidade, negou a autoria, foi liberado e, agora, poderá ser encaminhado para reconhecimento do proprietário do bar, onde ocorreu o crime.
Jairo Cândido, de 47 anos, que foi atingido por um tiro na perna, poderá auxiliar a polícia repassando informações como esta.