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25/08/2009 16:56
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A Candelria de ontem e de hoje na viso de quem acompanha sua evoluo

Uma cidade que evoluiu década após década. Desde a sua emancipação política, em 7 de julho de 1925, a chamada “Vila” foi aos poucos se transformando na cidade de Candelária, com a criação de ruas, a pavimentação, a organização dos imóveis, o crescimento da agricultura e do comércio. Neste especial, a reportagem da Folha ouviu algumas opiniões de pessoas que de alguma forma acompanharam a evolução do município e que sonham em ver a cidade crescendo no futuro.
O aposentado Edgar Ensslin, hoje com 84 anos, foi uma das pessoas que presenciou a história do município desde o seu início. Ele conta que nasceu no dia 16 de maio de 1925, data em que seu pai, Frederico Ensslin, um dos líderes da comissão de emancipação, estava em Porto Alegre tratando da documentação pendente para dar continuidade ao processo, oficializado no dia 7 de julho daquele ano. Seu Etti, como é chamado, vivenciou toda a evolução desta terra. Ao ser indagado sobre o futuro, o aposentado disse que preferia ver a Candelária de hoje com a tranqüilidade do passado. “Com a evolução, hoje em dia é um Deus nos acuda, pois a vida parece que está mais corrida e para nós, de idade já avançada, é difícil de acompanhar. Sou um apaixonado por Candelária e queria que no futuro esta cidade voltasse a ser uma cidade mais tranqüila para se viver”, disse. O também aposentado Oswaldo João Kaercher, de 91 anos, prefere ver a Candelária do futuro como atualmente. “Antigamente tudo era mais difícil, os acessos, a comunicação. Hoje está tudo mais fácil, ao nosso alcance. Vejo que o pessoal do interior está vindo mais para a cidade, mas sem se descuidar da colônia, que é a nossa principal base econômica. Espero ver Candelária como ela é, crescendo cada vez mais”, diz.

SEGURANÇA – A aposentada Juraci Grehs, a “Dona Nuquinha”, hoje com 87 anos, relata que prefere ver Candelária no futuro como ela era antigamente, mais tranqüila e segura. “Sonho em ver a nossa cidade mais calma, sem violência, sem drogas. A evolução acabou trazendo alguns males para a sociedade e infelizmente vejo que nossa juventude está sem fé. Hoje se você estiver sem Deus no coração, nada se faz”, salienta. Já a empresária Carmem Ângela Weber, proprietária do Posto Esquinão, que é natural de Santa Cruz do Sul mas reside no município desde 1975, relata que também gostaria de ver Candelária como ela era nos áureos tempos. “Quando viemos para cá, a cidade já estava urbanizada, mas era mais segura, não tinha tanto acesso, era melhor para se viver. Com o progresso, tudo ficou mais fácil. Hoje, vejo que essas facilidades acabaram trazendo também mais insegurança, com a violência batendo à nossa porta todos os dias. Quero que Candelária continue a crescer, mas gostaria que ela voltasse a se tornar aquela cidade tranqüila e segura para se viver”, finalizou.